Cícero não deve mais jogar pelo Santos. Em uma reunião antes da partida deste domingo, contra o Flamengo, às 16h, no Morumbi, o meia comunicou a Zinho, gerente de futebol do Peixe, ao superintendente de esportes do clube, André Zanotta, ao técnico Oswaldo de Oliveira e ao presidente Odílio Rodrigues que não queria entrar em campo pela sétima vez no Brasileirão para poder se transferir para outra equipe ainda este ano. O provável destino é o Fluminense.

O regulamento do Campeonato Brasileiro limita a seis os jogos que um atleta pode fazer por uma equipe para poder se transferir a outra. Por isso, ele e seus representantes se reuniram com a cúpula santista e tomaram a decisão de tirá-lo da partida. Agora, o Alvinegro deve utilizar o meia como moeda de troca.

Emprestado pelo Tombense (MG), time do seu empresário, Eduardo Uram, Cícero tem contrato com o Santos até o fim da temporada. As negociações para renovar o vínculo emperraram quando o jogador, que atualmente recebe R$ 350 mil na Vila Belmiro, pediu para receber R$ 500 mil de salários. O valor não foi aprovado pelo Comitê de Gestão.

Desde então, o Peixe passou a tentar envolver o meia em negociações. O interesse inicial era trocar o atual capitão santista por Wagner ou Rafael Sobis, ambos do Fluminense. O jogador, porém, manifestou desejo de permanecer nas Laranjeiras, enquanto o atacante entrou em campo sete vezes e não pode mais atuar por outra equipe nesta edição do Brasileirão.

O novo alvo é o meia-atacante Julio Baptista, do Cruzeiro, que foi oferecido por empresários ao Santos no fim da última semana e agradou ao técnico Oswaldo de Oliveira. O grande problema, porém, é o desejo de Cícero. O meia já deu sinais de que deseja voltar para o Fluminense, onde já atuou. Ele, inclusive, já pediu R$ 500 mil de salários para os cariocas. Para contar com o possível reforço, o Flu precisaria da ajuda da Unimed, sua patrocinadora, já que vive uma situação financeira delicada. O meia tem multa de € 6 milhões (R$ 18,2 milhões) – o Peixe tem direito a 50% do valor, € 3 milhões (R$ 9,1 milhões).

A saída de Cícero não agrada ao técnico Oswaldo de Oliveira, que já deixou clara, publicamente, a vontade de contar com o jogador pelo menos até o fim do ano. Na atual temporada, o meia disputou 22 partidas e marcou 11 gols. Ele só não entrou em campo quando os titulares foram poupados.

*Colaborou Bruno Giufrida, com a supervisão de Zé González