Ney Franco completou na noite da última quinta-feira o quarto jogo como técnico do Flamengo nesta segunda passagem pela Gávea. E, após estas partidas, já dá para afirmar o quão perdido ele está no comando do Rubro-Negro. Vou mais além: em uma rápida comparação com o antecessor Jayme de Almeida, não dá para dizer que houve algum tipo de evolução.

Queria compreender o que passa na cabeça de Ney Franco na hora de montar o time e fazer as substituições. Nas quatro partidas, ele testou esquemas e jogadores diferentes. A evidente falta de treino fez os erros persistirem no time.

No empate diante do Figueirense, Ney Franco começou com Paulo Victor novamente, expediente visto no duelo do último fim de semana contra o Santos, já que a barração de Felipe fora mantida. O camisa 48 falhou no gol, mas se redimiu ao salvar o Flamengo da derrota em pelo menos outros dois lances. Merece ser mantido.

No intervalo, Ney Franco colocou Igor Sartori e Negueba, deixando o Flamengo com quatro atacantes por conta de Alecsandro e Paulinho já estarem em campo. Atitude inexplicável, já que deixou o time sem um armador. No meio do segundo tempo tentou corrigir tirando Sartori e colocando Lucas Mugni, mas era tarde demais.

Alecsandro foi um dos poucos que se salvaram. Voltou ao time titular diante do Figueirense, fez o gol e criou chances. Mas não o suficiente para que Ney Franco conseguisse a primeira vitória neste retorno ao Flamengo.

Antes da parada para a Copa do Mundo, o Flamengo enfrenta o Cruzeiro no domingo e Ney precisará se encontrar para não passar quase dois meses com o pesadelo do rebaixamento.