[COPA 2014]Hulk: "Meu futebol é reconhecido por aquilo que é"

2/6/2014 12:14

[COPA 2014]Hulk: "Meu futebol é reconhecido por aquilo que é"

[COPA 2014]Hulk: Meu futebol é reconhecido por aquilo que é
© Getty Images

Numa longa entrevista concedida ao FIFA.com em outubro de 2012, Hulk falava em detalhes sobre a maneira como era visto então pelo público brasileiro - que, em grande parte, só foi conhecê-lo quando o atacante começou a frequentar regularmente a Seleção. “Como não me conhecem, por causa do porte físico às vezes têm a impressão errada: ‘ah, então ele deve ser de um estilo mais trombador’, quando na verdade eu nunca fui jogador de trombar muito, mas um que gosta de jogar: de pegar a bola, partir para cima... Só isso de chutar forte é que vem desde pequeno.”

Esse distanciamento beirava o preconceito. Hoje, após a campanha vitoriosa da Copa das Confederações da FIFA, parece difícil acreditar, mas durante um bom tempo Hulk foi um dos nomes da Seleção Brasileira mais contestados pela torcida. Só que isso nunca chegou perto de afetar Luiz Felipe Scolari, que não teve dúvidas em apostar na capacidade técnica e na obediência tática do atacante. O que era dúvida, aos poucos se tornou quase unanimidade: o público se rendeu ao paraibano, tanto com a camisa amarela quanto com a azul e branco do Zenit São Petersburgo - com quem foi vice-artilheiro e eleito o melhor jogador de todo o Campeonato Russo na temporada 2013/14.

Até o ponto em que, às vésperas da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, a situação parece clara: estamos falando de um dos titulares absolutos da Seleção. Na véspera de se juntar à concentração brasileira em Teresópolis, Hulk conversou com o FIFA.com sobre essa nova situação:

FIFA.com: Depois de ser contestado durante algum tempo, hoje parece que você é um titular indiscutível de uma Seleção que vem com força para a Copa do Mundo. Você percebe a diferença de tratamento?
Hulk: Ah, é normal. Pouca gente me conhecia. A maioria foi me conhecer mesmo por meio da Seleção: nos Jogos Olímpicos de 2012 e, depois na Copa das Confederações. Então, eu vejo que hoje meu futebol é mais reconhecido por aquilo que é, e isso me deixa muito feliz.

FIFA.com:Isso tudo coincidiu ainda com você se adaptando cada vez mais ao futebol russo, não?
Sem dúvida. Estou feliz também por causa disso: por ter vivido uma boa temporada com o Zenit. Faltou só conseguirmos o título, porque perdemos alguns pontos bestas, que acabaram nos fazendo falta no final (o clube foi vice-campeão, um ponto atrás do CSKA Moscou), mas para mim, pessoalmente, as coisas foram excelentes. Marquei gols (na Liga, foram 17 em 24 jogos). Estou definitivamente me adaptando ao futebol de lá.

FIFA.com:Você fala dos gols, mas boa parte do seu mérito – inclusive com a Seleção – passa pela capacidade de ajudar o time a se recompor na defesa, não acha?
É, sim. O Felipão passou muito tempo no futebol europeu e dá muita ênfase à ideia de os atacantes também voltarem para ajudar a marcação, que é bem mais difundida na Europa do que no Brasil, por exemplo. Na Seleção, até o Fred, que é centroavante, volta para recompor. Eu estou totalmente acostumado a isso desde os tempos do FC Porto, e acho que tem dado certo: quando não temos a bola, estamos todos sempre marcando.

FIFA.com:Isso exige que você e o lateral direito – no caso, o Daniel Alves – atuem mais próximos e dependam mais um do outro, não?
O que acontece é que, para quem joga aberto como eu, é até melhor atuar ao lado de um lateral ofensivo, como é o Daniel. Como, aliás, são nossos dois laterais. Porque isso cria uma preocupação maior dos marcadores adversários e, por consequência, acaba abrindo mais espaços. Agora, claro, quando o outro time tem a bola nós temos que estar bem coordenados para que aquele lado do campo esteja sempre bem coberto. É uma parceria mesmo.

FIFA.com:Vocês todos parecem falar do grupo da Seleção que foi à Copa das Confederações com muito carinho. Como surgiu essa condição?
Este grupo é ótimo. O grupo da Seleção sempre foi, desde que eu comecei a frequentar, mas faltava entrar num momento decisivo, mostrar força e, com isso, fechar de vez um grupo – que foi o que aconteceu na Copa das Confederações. E o Felipão, agora, sabe mantê-lo fechado. Foram poucas mudanças em relação àquele time e continuamos nos dando muito bem: não têm polêmicas.

FIFA.com:Que tipo de conversas o Felipão tem com o grupo para conseguir manter esse espírito?
Mais do que conversas, acho que a questão é o jeito dele. Ele recebe os jogadores de um modo que todo mundo se sente à vontade e parece que sabe logo como agir: seja um veterano ou um novato. Ele pede, por exemplo, para que todos nós desçamos todos juntos para o almoço ou o jantar e que a gente fique por ali até o fim. E isso acaba virando natural e acaba fazendo muito bem. São coisas do dia a dia, fundamentais para a gente criar um carinho dentro do grupo. Ele sabe fortalecer essa união como ninguém.

FIFA.com:Você conhece boa parte dos jogadores que o Brasil terá pela frente no Grupo A da Copa, contra Croácia, México e Camarões. Que tipo de partidas se pode esperar?
São, a princípio, todos jogos muito difíceis. Não só porque se trata de grandes equipes, com jogadores muito bons, mas porque, contra o Brasil jogando em casa, a tendência é que os adversários defendam muito. Então, quando tivermos espaços, vamos ter que saber aproveitar. Foi assim já na Copa das Confederações, quando nós quase sempre conseguimos marcar um gol no começo das partidas, e isso foi valiosíssimo. Ajudou a estabelecer ainda mais essa identidade: de marcar com pressão a saída de bola desde o começo dos jogos.

FIFA.com:Para você, quem são as equipes mais fortes desta Copa?
Num Mundial é difícil você fugir dos grandes nomes de sempre: a própria história mostra isso. Então, claro: Brasil, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Argentina... Esses grandes times têm o costume de chegar longe. Mas, além desses que todos estão acostumados a citar, eu acho que Uruguai e Bélgica têm potencial para surpreender.

1393 visitas - Fonte: FIFA


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