Nos quatro primeiros jogos da seleção brasileira, na Copa de 2002, no Japão e na Coreia do Sul, o meia-armador ofensivo Juninho Paulista era titular. Em todos, acabou substituído — ora por Vampeta, ora por Ricardinho e até por Denílson. A partir do duelo contra a Inglaterra, passou a esquentar o banco, vendo o volante Kleberson assumir a sua posição nas três partidas restantes.



Qual o motivo da reminiscência? Porque um dos assuntos mais comentados na Granja Comary é a possível entrada de Willian no lugar de Oscar. Companheiros no Chelsea, também lá andaram disputando posição e, no final da temporada, Mourinho colocou Oscar no banco e Willian em campo.



Após o amistoso contra o Panamá, em Goiânia, Felipão defendeu Oscar (que não foi bem) mas admitiu que Willian e até Ramires podem desempenhar o papel dele.



E aí eu me lembrei também do fracasso de Raí, na Copa de 94, perdendo a posição para Mazinho (outro volante substituindo um meia ofensivo).



Em suma: Scolari trocou Juninho Paulista por Kleberson, em 2002, e Parreira, Raí por Mazinho, em 1994. Ambos foram campeões assim e agora estão juntos na comissão técnica...







Mudança tática



O preocupante nisso tudo é que Oscar é o único jogador do meio-campo realmente talhado para armar, cadenciar o jogo e municiar os atacantes com passes inteligentes e desconcertantes.



Willian está em excelente forma, mas suas características são diferentes. Carrega a bola em alta velocidade e, quando chega no ataque é mais artilheiro. Já Ramires seria uma opção bem mais conservadora e defensiva, para fechar o meio-campo e aumentar a marcação.



Em suma: se Oscar perder a posição, aumentará a responsabilidade de Neymar — que precisará ser arco e flecha. Como aconteceu contra o Panamá.





Causos de Copas



Granja Comary, treino da seleção para a Copa de 1978. Após um treinamento tático, Reinaldo, centroavante do Atlético Mineiro, vai deixando o gramado. é cercado pelos repórteres (eram outros tempos...) e um deles lhe pergunta:



— Por que você toca sempre de primeira, fora da área, e quando entra nela, dribla à vontade?



— Porque a área me protege — foi a resposta, de bate-pronto.



Jogador inteligente é outra coisa.







Nota fria



Eminente funcionário da Fifa foi a uma loja de vinhos no Rio e comprou diversas garrafas das mais variadas e sofisticadas marcas. Valor total da despesa: R$ 50 mil. Na hora de pagar, perguntou ao caixa se na nota fiscal a discriminação dos produtos adquiridos poderia ser feita como “roupas de cama"...







Aleluia!



Agora é oficial: nada de cornetas, vuvuzelas, pedhuás e caxirolas na Copa!