Os espanhóis ficaram encantados com a atuação de Neymar contra o Panamá e praticamente todos os seus jornais esportivos compararam a brilhante performance do camisa 10 da seleção brasileira com os desempenhos mais discretos que teve até agora, vestindo a 11 “azulgrana”.



Em suma, o tom das reportagens era o seguinte: compramos esse jogador espetacular aí e o que vemos aqui é bem diferente, para pior. Qual será o motivo?



Não é muito difícil responder a essa questão. No Brasil, desde que Felipão assumiu (e este é um dos maiores méritos do treinador nessa sua segunda passagem pela seleção), Neymar recebeu a mítica camisa 10 e passou a ter liberdade para se mover pelo campo inteiro, participando de praticamente todas as jogadas ofensivas e até ajudando na marcação. No Barcelona esse papel é de Lionel Messi, o dono do time por motivos óbvios e merecidos — há anos vinha sendo o maior craque do planeta.



Por causa disso, na Espanha, Neymar passou a jogar em faixas bem mais limitadas do gramado. Pior: muitas vezes aberto pela ponta-direita, embora se saiba que é pelo lado esquerdo que ele gosta de atuar. Só que ali o espaço também tem dono: é de Andrés Iniesta, outro monstro sagrado do Barça e da seleção espanhola.



Apesar de todas essas restrições territoriais, não é justo dizer que Neymar tem jogado mal em seu novo clube, muito pelo contrário. Mas, restrito a determinadas faixas do campo, jamais conseguiu brilhar como aqui.



Não custa lembrar que, nos áureos tempos de Ronaldinho Gaúcho e Deco no Barcelona, Messi era um coadjuvante. Ao perceber que os veteranos já não brilhavam tanto e atrapalhavam a evolução do jovem argentino, o que fez Pep Guardiola? Pediu que ambos fossem vendidos e deu toda a liberdade possível para “La Pulga”. E deu no que deu.



Com Iniesta e Xavi (principalmente este último) já em evidente declínio físico, por causa da idade, os espaços tendem a se abrir para Neymar também na Espanha. Principalmente se o brasileiro repetir, nos jogos da Copa, atuações espetaculares como a que teve diante do Panamá.



Oremos para que seja assim. Porque ele é mesmo a nossa maior esperança para conquistar o caneco. O Neymar da Copa das Confederações e do último amistoso é capaz de nos levar ao tão sonhado hexa, em casa! Já o do Barcelona dificilmente seria capaz de tanto.







Campeã de volta



A campeoníssima Larissa vai voltar ao vôlei de praia. Dessa vez, não jogará com Juliana, sua parceira de tantas glórias, mas com Talita, que estava atuando com Taiana, mas está de malas prontas para se mudar para Fortaleza, onde Larissa já retomou os treinos. A estreia da nova dupla está prevista para a etapa de Long Beach, nos EUA.





Questão de tempo



Que Willian será titular em breve, não tenho dúvida. Mas no lugar de quem?