Após duas apresentações ruins, nas quais foi salva por golaços de Lionel Messi (que também não jogou bem, mas foi decisivo), a Argentina finalmente apresentou suas armas na Copa do Brasil.



Diante da Nigéria, no Beira-Rio, La Pulga teve uma atuação de gala, distribuindo passes magníficos, regendo a sua equipe como um maestro e marcando duas vezes — assim, se igualou a Neymar, na liderança dos artilheiros.



E não somente Messi brilhou. Di Maria mostrou também porque é um dos principais destaques do Real Madrid, campeão da Liga dos Campeões. Do meio pra frente, como se esperava, a equipe dirigida por Alejandro Sabella é muito forte.



Mas se no ataque sobra talento, na zaga a situação é inversa. Só que nos dias em que o Pequeno Polegar está inspirado, a sensação que se tem é que ele fará quantos gols forem necessários para garantir a vitória argentina.



Uma final contra o Brasil, com direito a duelo particular entre Messi e Neymar, seria, futebolisticamente, algo espetacular. Um sonho.



Se ganharmos, porque em caso de derrota seria o mais medonho dos pesadelos. Coisa de fazer o ‘Maracanazo’ de 50 parecer fichinha...







Guerra fora do campo



Um argentino baleado numa briga de bar, em Porto Alegre, um brasileiro espancado e roubado, em frente ao Beira-Rio (além da bolsa, levaram os seus ingressos). Depois de diversos entreveros nas arquibancadas, no Maracanã, e da batalha campal, na Savassi, em Belo Horizonte, a escalada da violência entre torcedores de Brasil e Argentina segue assustando. E não vejo nenhuma autoridade preparando um plano especial para uma final entre os dois países.





À beira da exaustão?



Ninguém da comissão técnica admite abertamente, mas a impressão que se tem, acompanhando os treinamentos da seleção brasileira, na Granja Comary, é que há enorme temor de contusões durante a Copa — sentimento provocado, provavelmente, pelo comprovado desgaste físico daqueles que disputaram a temporada europeia.



É possível, hoje em dia, avaliar com precisão bastante confiável o desgaste muscular de cada atleta, através de determinados exames, inclusive o de sangue. Deve ser esse o motivo que leva Felipão a dar tão poucos treinos para um time que ainda não se encontrou como conjunto e tem vivido quase que exclusivamente dos lances individuais de Neymar.





Mistério ou loucura?



Scolari faz mistério mas duvido que não comece o jogo contra o Chile com Fernandinho no lugar de Paulinho. Foi tão gritante a diferença da seleção com um e com outro que somente um louco optaria por manter o antigo titular.



Minha dúvida é se esta será a única alteração da equipe. Hulk é outro que ainda não disse a que veio e a entrada de Ramires reforçaria o lado direito da defesa, onde Daniel Alves também não consegue repetir as atuações da Copa das Confederações. A conferir no treinamento de hoje que se espera seja um pouco mais efetivo e esclarecedor.





Medo do freguês?



Muita gente, inclusive o técnico brasileiro, preferia a Holanda ao invés do Chile, nas oitavas. Fala-se maravilhas da equipe dirigida por Jorge Sampaoli, que é considerada por muitos a melhor “La Roja” de todos os tempos.



Sinceramente, não consigo ter esse medo todo dos chilenos. Sanchez e Vidal são bons jogadores, sim, mas nem sequer os considero craques. Vargas passou praticamente em branco no Grêmio. E Valdívia... Bem, esse já conhecemos de sobra.



Continuo a achar que pegamos o melhor adversário possível no primeiro mata-mata. E não me surpreenderei se ganharmos até com certa facilidade do velho freguês — o que seria fantástico para o Brasil embalar de vez na Copa.





Maldade da internet



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