Na Granja Comary, torcedores cobrem os rostos com sacos de papel, os sacos da vergonha (Foto: Richard Souza)


Há apoio, mas há muitas críticas. Se na entrada da Granja Comary um grupo de meninas exibia cartazes com mensagens de otimismo para os jogadores da seleção brasileira, na tarde desta quarta-feira, alguns garotos estavam na contramão. Perto delas, no clube que fica ao lado do CT, dois deles cobriram os rostos com sacos de papel, os chamados sacos da vergonha, e protestaram. Aos gritos de “time sem vergonha” e “time de bonecas”, subiram em uma árvore e chamaram a atenção. O técnico Luiz Felipe Scolari e o presidente da CBF, José Maria Marin, foram os principais alvos.

Em um determinado momento, os dois grupos duelaram aos berros. Elas, incentivando. Eles, criticando. Entre os absolvidos, o goleiro Julio César e o zagueiro David Luiz.

Goleada por 7 a 1 pela Alemanha na semifinal, a Seleção escreveu o pior capítulo de sua história com a derrota. Agora, o time se prepara para a disputa do terceiro lugar, no próximo sábado, em Brasília. O adversário sai do confronto entre Argentina e Holanda.

Na tarde desta quarta, os jogadores fizeram um trabalho regenerativo na piscina. A Granja Comary, que nos últimos 45 dias sempre esteve lotada de jornalistas e cercada por torcedores à espera de um contato com o ídolos, teve um raro dia de silêncio, calmaria e ressaca moral.