Ex-presidente e diretor, Luiz Augusto Veloso (à esq.) trabalha como consultor da Holanda na Copa

Louis van Gaal não dá um passo sem antes consultá-lo. As movimentações de Robben, Van Persie e Sneijder pelas ruas são todas coordenadas por ele. Assim como os contatos com o COL (Comitê Organizador Local). Na briga pelo terceiro lugar da Copa neste sábado, às 17h, no Estádio Nacional, em Brasília, um brasileiro ‘dribla' as burocracias do lado adversário: o ex-flamenguista Luiz Augusto Veloso é peça-chave na caminhada holandesa.

O antigo presidente e diretor executivo rubro-negro é responsável por praticamente toda a logística da seleção laranja no Brasil e acompanha a equipe em todos os seus deslocamentos.

Um trabalho que, segundo a expectativa inicial, resultaria na decisão da Copa, mas que acabou esbarrando na decisão de pênaltis contra a Argentina. O pontapé inicial para isso foi dado ainda em 2011.

Logo após um empate em 0 a 0 entre Brasil e Holanda no Serra Dourada, em Goiânia, em junho daquele ano, uma comitiva do país europeu começou a procura por uma base em caso de confirmação de vaga no Mundial.

Homem-forte da gestão Patrícia Amorim no Flamengo, Luiz Augusto Veloso foi, então, nomeado como responsável por conduzir as negociações para a vinda dos holandeses para a Gávea. Eles já haviam treinado no CT rubro-negro e saído com uma boa impressão. Num primeiro momento, ficou apenas na sondagem.

Posteriormente, no entanto, o interesse foi confirmado e nem mesmo a troca de comando na equipe com a saída de Bert van Marwijk e a chegada de Louis van Gaal após a Eurocopa de 2012 alterou os planos. Nesse período, o próprio Veloso deixou o Fla, mas seguiu à frente do planejamento holandês a pedido dos próprios europeus e por confiança também da nova diretoria rubro-negra.

Procurado pelo ESPN.com.br, ele disse não estar autorizado a dar entrevistas.

Veloso é conhecido entre os adversários da seleção como o ‘dono das soluções'.

Neste sábado, no entanto, ele não poderá sacar nenhuma da cartola para assegurar a invencibilidade no Mundial diante dos brasileiros.