O Flamengo tem se tornado um antro de confusões nos últimos meses. Além das obscuras trocas de técnicos neste ano, o clube ainda teve a imagem manchada com o afastamento do lateral André Santos após o jogador ser agredido por torcedores. No momento conturbado, até o meia Carlos Eduardo, que recentemente deixou a Gávea para voltar ao russo Rubin Kazan, critica a postura da atual administração rubro-negra.

"Claro que é chata a situação como o Jayme saiu e, agora, o André (Santos). O torcedor tem todo o direito de cobrar, já que paga ingresso. Mas não pode chegar a esse ponto (de agressão). Isso mancha o clube, que fica mal visto perante todos", critica o ex-flamenguista em entrevista à Fox Sports, lembrando ainda que situações deste tipo dificultam a chegada de reforços ao Rubro-Negro. "Aqui na Rússia falaram disso. Sofri uma pressão muito forte e, muitas vezes, exagerada. Daqui a alguns anos, ninguém mais vai querer jogar no Flamengo", alerta.

Na opinião do meio-campista, o cerne dos problemas no clube é a falta de comando. "São muitas pessoas se metendo, é muita gente dando opinião. Vaza contrato, quanto jogador ganha e muita coisa que não tinha que sair", reclama, lembrando indecisões que fizeram do Flamengo motivo de piada nesta temporada.O turbilhão começou com a precoce eliminação da Copa Libertadores, quando o então técnico Jayme de Almeida passou a ser questionado. A queda de rendimento do time fez a diretoria dar início à dança das cadeiras neste Brasileirão: Ney Franco foi contratado antes mesmo de Jayme ser demitido.

A partir daí, o Rubro-Negro foi ladeira abaixo até a goleada sofrida no último final de semana, que resultou em nova troca de comando. Agora, sob tutela de Vanderlei Luxemburgo, o Urubu precisa superar as polêmicas, fugir da lanterna e tentar escapar do rebaixamento.