Com o Flamengo classificado para a semifinal da Taça Guanabara e garantido na primeira colocação do Grupo B, Carlos Eduardo terá mais tranquilidade no segundo jogo pelo Rubro-Negro contra o Olaria, neste sábado, já que a pressão da estreia ficou para trás. Ele atuou por 45 minutos - abaixo dos 60 a 70 minutos programados inicialmente - na vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, no último domingo. O apoiador foi discreto, mas o técnico Dorival Júnior garante que a readaptação do atacante está sendo tratada com carinho e disse ter consciência de que o meia vai ter altos e baixos até se firmar de vez no time.

- Naturalmente ele vai encontrar a condição dele, mas não vai ser tão rápido. Pode ser que faça um grande jogo (Contra o Olaria), mas com certeza ele ainda vai oscilar um pouco. É normal. Ele vai sofrer um pouco mais ainda - disse o treinador.

Desde que foi apresentado pelo clube, no dia 25 de janeiro, Carlos Eduardo vem sendo observado de perto por conta do período de inatividade que passou no futebol russo, quando atuava pelo Rubin Kazan. Até a estreia, foram 20 dias de preparação com ênfase para os exercícios físicos. Na semana do clássico, disputou dois coletivos e participou de um treino tático, e o cansaço era evidente. Após o duelo diante do Botafogo, a comissão técnica do Flamengo começou um trabalho especial com o camisa 10 para que esteja em boas condições na fase decisiva. O jogo diante do Olaria faz parte do planejamento, principalmente para que ele possa ganhar ritmo de jogo.

Além de não garantir quanto tempo Carlos Eduardo ficará em campo, Dorival mostrou cautela e frisou que a preocupação para que o meia não sofra lesões é grande, já que está em readaptação ao futebol brasileiro:

- Ele vai alcançar uma melhor condição a partir de um momento que ele tiver uma sequência de jogos e uma melhora nos treinamentos. Eu acho que é muito cedo ainda. Ele teve uma carga de trabalho forte nos últimos 15 dias. É normal. Estamos esperando também o melhor do Carlos e vai levar um tempo para alcançar um ritmo. Não tenho dúvida que ele vai melhorando. Pode ser que jogue 45, 60 ou 70 minutos. Vai depender dele. O que não quero é saturação do atleta para ter lesões, e esse momento é propício que isso aconteça.

Como ainda está se entrosando com a equipe, Dorival ainda não sabe como montará o time para os jogos decisivos. Apesar de querer contar com o camisa 10, ele quer pensar em um jogo de cada vez e vai esperar a evolução do meia:

- É uma realidade (a disputa por posições). Não tenho o que temer. Tenho que ter consciência de que o Carlos Eduardo e o Gabriel estão se adaptando ainda. Tem a possibilidade, talvez, da volta do Nixon. Futebol é muito dinâmico e tem que contar com o que o dia a dia te oferece.

Neste sábado, o Flamengo faz a última partida da primeira fase da Taça Guanabara, contra o Olaria, às 18h30m (de Brasília), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O Rubro-Negro tem 19 pontos e já está classificado em primeiro lugar do Grupo B e com a melhor campanha do turno.

* Raphael Bózeo, estagiário, sob a supervisão de Janir Júnior