E se depender do retrospecto, a torcida pode ficar otimista. O time rubro-negro encerrou a fase de grupos como a melhor defesa, com apenas três gols sofridos – sendo dois no clássico com o Vasco e um contra o Madureira.

Outro ponto positivo é o entrosamento que os jogadores do setor têm mostrado. Este ano, Dorival já utilizou, em oito confrontos, cinco composições de dupla de zaga diferentes, e não houve uma diferença drástica no desempenho. Para o goleiro Felipe, a boa fase da defesa não é consequência apenas das boas atuações dos zagueiros, mas sim da doação do time todo.

– O desempenho da defesa vem sendo positivo porque o time todo está se doando para diminuir os espaços dos adversários. O time ataca com dez e se defende com dez. Isso é muito importante. Dificulta para o setor ofensivo do adversário quando sempre tem algum jogador nosso marcando próximo. E facilita também para mim, porque a bola chega mais limpa para a defesa – ressaltou o camisa 1.

Se normalmente a torcida deposita as esperanças para uma conquista de títulos no ataque, nesta Taça Guanabara, os rubro-negros mudaram um pouco este pensamento e voltaram os olhares para quem, geralmente, não aparece muito.

Felipe celebra boa fase
O bom desempenho da zaga na Taça Guanabara tem como aliada também a fase do goleiro Felipe. O camisa 1 rubro-negro ressalta que isso tem sido apenas consequência dos treinamentos. O camisa 1 não parece querer dar chances à concorrência.

– Treino muito forte todos os dias para estar bem nas partidas. Sei da responsabilidade que é defender a camisa 1 do Flamengo, que já teve grandes nomes. Por isso não posso amolecer nos treinos nunca – afirmou o jogador.

Felipe espera que as boas atuações façam com que Felipão se recorde dele nas próximas convocações para a Seleção Brasileira:

– Tenho um sonho de estar na Copa do Mundo do Brasil e só chegarei lá se estiver muito bem no clube que defendo. Por isso tento dar sempre 100% em todas as partidas para me destacar.

O goleiro retornou ao time neste ano, após, no fim da temporada passada, ficar afastado por conta de uma torção no tornozelo esquerdo. Naquele período, Paulo Victor foi o titular e chegou a ser elogiado pelo técnico Dorival Júnior.

Renato Santos perde espaço
Titular nas quatro primeiras partidas do Carioca, o zagueiro Renato Santos acabou perdendo espaço após a chegada de Wallace e sequer ficou no banco de reservas nas duas últimas rodadas.

Na última rodada da fase de grupo Taça Guanabara, contra o Olaria, inclusive, o zagueiro que ficou como opção foi Alex Silva, que acabou entrando no segundo tempo e atuando pela primeira vez neste ano.

Quando chegou ao Flamengo, em meados de 2012, Renato Santos se tornou titular rapidamente, começando o ano com o mesmo status. Ano passado, ele realizou dez partidas e marcou um gol logo na estreia, contra o Corinthians.

González só não jogou duas partidas
O zagueiro González não jogou apenas duas partidas neste início de temporada do Flamengo. Desde que chegou ao Rubro-Negro, no ano passado, o chileno figurou em quase todos os jogos da equipe no time titular, com exceção das partidas em que esteve à serviço da seleção do país dele.

Marcos González esteve fora do time titular na estreia no Campeonato Carioca deste ano, diante do Quissamã, e na sexta rodada, contra o Friburguense. A primeira ausência aconteceu devido ao fato de ele ter continuado o trabalho de pré-temporada do Flamengo com alguns outros jogadores do elenco, visando ao aprimoramento da forma física. A segunda aconteceu por ter sido convocado para defender a seleção chilena em uma data Fifa.

Desde que chegou ao Flamengo, Marcos González já disputou 43 partidas e marcou dois gols. Virou dentro do elenco rubro-negro uma espécie de xerife da zaga, posição que estava carente desde as saídas de Fábio Luciano e Ronaldo Angelim do clube.

Aos 32 anos, González tem vasta experiência no futebol sul-americano e vem mostrando um bom serviço no time comandado pelo técnico Dorival Júnior, com a posição de titular mais do que garantida.