Em 2004, Ibson era o garoto que havia saído da base há pouco tempo e, aos 20 anos, conquistava vaga entre os titulares do Flamengo e ganhava cada destaque. O mundo da bola girou, o garoto saiu da Gávea, foi para a Europa e, em 2013, é um dos líderes do elenco. Aos 29 anos, o volante olha para garotos como Rafinha e pensa no passado. Se em 2004 a semifinal da Taça Guanabara foi diante do Vasco, em 2013 o desafio é também em um clássico, contra o Botafogo. A boa fase rubro-negra é inegável. E Ibson coloca freio em qualquer possível empolgação do time.

"Oba-oba faz parte do futebol. Nós, jogadores, temos de manter nossos pés do chão. Temos grandes jogadores, um grande treinador. Essa semana foi bem proveitosa e podemos fazer um bom jogo", afirmou Ibson.

Em meio à coletiva de imprensa, surgiu a pergunta de como preparar os jovens para um possível revés na semifinal de domingo. Ibson riu, pensou, mas preferiu dar um bico em qualquer pensamento negativo. Segundo ele, ainda que o Flamengo tenha a vantagem do empate, o time pretende entrar em campo como no restante do campeonato: com seus três atacantes, buscando o ataque e a vitória contra o Botafogo.

"O jogo nem começou e vamos entrar pensando em perder? Não, vamos entrar pensando em vencer. Essa é a expectativa aqui", disse Ibson.

De 2007 até hoje, Flamengo e Botafogo se cansaram de empatar. Só o placar de 2 a 2 apareceu nada menos do que oito vezes, inclusive em finais de turno ou do Carioca. Ainda que não estivesse no Flamengo na época, Ibson vê com bons olhos a vantagem rubro-negra por ter sido líder do Grupo B do Carioca.

"Se terminar 2 a 2 de novo está bom,a gente classifica para a semifinal, né?! (risos). Mas vai ser um jogo disputado. O Botafogo tem bom time, bom elenco", disse o camisa 7.