Luxemburgo em 2014: tirando o Flamengo da confusão Foto: Anderson Rodrigues / Frame / Agência O Globo
Enfrentar um Cruzeiro galopante, que lidera o Brasileiro desde a sexta rodada e briga para, mais uma vez, conquistar a tríplice coroa, mexe com Vanderlei Luxemburgo. Treinador do time na campanha de 2003, quando foi campeão brasileiro, estadual e da Copa do Brasil, ele é a esperança rubro-negra de surpreender a Raposa no duelo de hoje, às 16h, no Maracanã.
— (O Cruzeiro) tem o melhor elenco do futebol brasileiro, contratou mais jogadores. Quando precisa, entra um e sai outro sem perder a qualidade. Isso faz a diferença. O São Paulo, por exemplo, quando joga com o quarteto é uma coisa. Sem ele, é outra. Isso ajuda a entender o Cruzeiro — elogiou o técnico.
A comparação entre os dois Cruzeiros é inevitável. Se olhasse para trás, Luxemburgo veria que seu time tinha um ataque mais poderoso, mas que deixava escapar mais pontos com empates.
Editora de arte do Extra
O Cruzeiro de 2003 era uma máquina de fazer gols. Foram 102 em todo o campeonato, que teve oito rodadas a mais. Após a 27ª, mesmo ponto em que o time de 2014 se encontra agora, eram 58.
Os dois artilheiros do Cruzeiro na época, o colombiano Ariztizábal e Deivid (hoje auxiliar de Luxemburgo no Flamengo), eram responsáveis por 31 gols, sete a mais do que a dupla atual, formada por Marcelo Moreno e Ricardo Goulart.
A maior diferença, no entanto, está na concorrência. Ao contrário de 11 anos atrás, o Cruzeiro não é ameaçado na ponta da tabela. Para Luxemburgo, as comparações são descabidas:
— O São Paulo foi tricampeão brasileiro, tinha melhor elenco e melhor trabalho. O Palmeiras também teve, na época da Parmalat. Essa coisa cíclica não deveria existir. Tinha que ter maior equilíbrio entre as forças. Amanhã pode ser outra equipe. Essa discussão deveria ser mais ampla, no sentido de fortalecimento dos clubes.
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