Líder? Que líder? O Flamengo passeou sobre o Cruzeiro neste domingo, no Maracanã, em confronto válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória por 3 a 0 foi construída em cima do apagão sofrido pela defesa celeste com apoio da torcida, que comprou a briga para sair da "zona da confusão" e apoiou o time do início ao fim.
Em campo, o Fla encontrou um adversário irreconhecível, com uma defesa falha – Dede marcou contra o primeiro gol, Manoel e Fábio se atrapalharam no segundo – e sem suas duas principais armas: Ricardo Goulart, que se recupera de lesão, e Éverton Ribeiro, que está com a seleção brasileira. O Rubro-Negro não quis saber, em tarde do veloz Everton e de Alecsandro no papel de garçom e responsável por lances de "efeito".
Um dos destaques do Flamengo no Brasileirão, Everton não se intimidou diante do líder e usou sua velocidade característica para fazer o jogo correr na lateral rubro-negra. Com contra-ataques decisivos e dribles desconcertantes, o "Bolt flamenguista" foi uma das peças fundamentais na vitória deste domingo.
Aos 23 do primeiro tempo, Wallace sentiu dores na coxa e precisou ser substituído. Em seu lugar, Vanderlei Luxemburgo colocou Chicão. E o zagueiro entrou inspirado. Poucos minutos após pisar no gramado, afastou a bola por duas vezes seguidas. Depois, se enroscou com Marcelo Moreno numa dividida, trocando alguns "elogios" com o atacante cruzeirense.
Pouco conhecido pela torcida, Anderson Pico mostrou a que veio no Maracanã, em sua estreia com a camisa rubro-negra. Em saída de bola, deixou Marlone na saudade duas vezes antes de mandar para longe a ofensiva cruzeirense – no primeiro drible, o cruzeirense chegou a ficar estatelado no gramado.
O momento era tão favorável ao Flamengo que, mesmo quando um defensor não estava por perto, uma jogada plástica parecia tomar forma. Foi assim que Alecsandro deu um lençol em si mesmo, enquanto Dedé observava de perto.
Uma boa jogada pede uma boa comemoração. Mas no gol de Canteros, Alecsandro inventou uma nova forma de celebrar um gol. Um jeito que exige uma certa intimidade, digamos, entre os envolvidos. Calma! Foi para levantar o amigo e nada mais!
O sistema defensivo do Cruzeiro parece ter sofrido uma pane geral. Nos três lances que resultaram em gols rubro-negros, ele simplesmente não funcionou – gol contra, zagueiro e goleiro batendo cabeça, zaga aberta... Faltou comunicação, concentração e calma para os líderes do Brasileirão. E o Flamengo soube aproveitar todas as oportunidades.
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