Orlando City, do meia Kaká, estará na MLS em 2015 (Foto: Mark Thor/Divulgação)

Enquanto por aqui as audiências de TV são hoje uma pálida sombra do que já foram, nos EUA as boas notícias são tanto na telinha quanto nos estádios. A média de audiência da MLS, a liga profissional da modalidade, não para de subir. Os direitos de TV são muito disputados e a rede aberta ABC já transmite jogos do soccer.

Na terra do Tio Sam, a média de público nos estádios supera a do nosso Brasileirão, com quase 20 mil pagantes por jogo, seguindo o modelo de venda de carnês de temporada como nas outras ligas de sucesso. De 1996 a 2013, o público total da liga subiu de 2,8 milhões de ingressos para mais de 6 milhões. As explicações para o aumento da popularidade são muitas, desde a mudança demográfica, com cada vez mais hispânicos até a chegada à vida adulta dos milhões de americanos que jogaram futebol na infância e portanto entendem as regras e apreciam o jogo mais popular do mundo.

Com este ambiente favorável, há brasileiros participando deste boom, como o empresário Flávio Augusto, que comprou o Orlando City. Este é o time que contratou o Kaká e atualmente disputa a liga inferior (USL Pro) e tem planos de chegar à MLS em dois anos. Como já exclamamos aqui durante a Copa, sou muito otimista quanto ao papel moralizador que os EUA podem ter no mundo do futebol, da Fifa, com a ascensão do esporte no país mais rico do mundo!

Raposa fraqueja, mas seus rivais... O Cruzeiro, ainda com folgada liderança no BR14, vive seu pior momento no campeonato. Deixou de conquistar 10 dos últimos 15 pontos disputados. Mas tem a sorte de não ter nenhum time que tenha exibido competência para chegar junto e ser ameaça de fato ao bicampeonato da Raposa mineira. Os adversários que chegaram mais próximo durante a temporada, Sampa, Inter, Flu, Atlético-MG, Grêmio e até o Corinthians, nunca mostraram regularidade e por isto ficaram somente na ameaça. A Raposa está debilitada, mas seus caçadores não sabem acertar o alvo!


Cruzeiro não anda em um bom momento, apesar da liderança (Foto: Eduardo Valente/LANCE!Press)

Luxa pode negociar com mais inteligência. Após anos de desempenho muito fraco, o técnico mostra neste seu trabalho com o limitado elenco do Flamengo que não é um ex-treinador em atividade. Ao chegar à semifinal da Copa do Brasil e ter afastado o clube mais popular da chamada "confusão" do Z4, após o time ter ocupado a lanterna do BR14, Luxa se credenciou a permanecer para a próxima temporada. Contudo, o treinador pede aumento muito grande ao clube pelo qual se declara torcedor, para R$700 mil por mês, e por isto seu acerto pode emperrar. Penso que uma das razões que pesa na frequente demissão de treinadores medalhões é o nível estratosférico de seus salários, o que agrava a pressão da torcida quando o time entra em má fase. Um salário aumentado, digamos de R$ 300 mil para R$ 400 mil por mês, parece viável para o clube e o treinador poderia ter prêmios de produtividade que levem seus rendimentos para patamares mais altos. Atrelando à conquista de títulos e de posições na tabela, como classificação para a Liberta, o contrato ficaria mais inteligente e moderno. O mérito seria o determinante de parte dos rendimentos finais, como acontece com os líderes de empresa, que ganham mais quando a empresa está ganhando mais. Assim, nem torcedor e nem clube teriam do que reclamar ao pagar polpudos prêmios!

Acertou uma, no meio de tantos erros..

A CBF, que erra feio ao não mudar seu calendário para evitar coincidências de jogos oficiais com datas-Fifa, enfim fez algo digno. Na convocação desta semana para dois amistosos, Dunga só chamou atletas que jogam no exterior, assim poupando os principais times brasileiros, que jogam partidas decisivas no Brasileirão e as semifinais da Copa do Brasil. Foi como o único gol marcado contra a Alemanha no 7 a 1!

Engana a quem?

A ideia de Marin de propor o que ele chama de revanche à Alemanha parece que nem foi considerada com um mínimo de seriedade pela Federação Alemã de Futebol, a poderosa DFB. E nem poderia. Comparar um jogo de semifinal de Copa do Mundo, disputada em casa, com mais um jogo amistoso caça-níquel, ou caça-milhões, só pode ser mais uma piada de mal gosto desta dupla nefasta Marin/Del Nero.

É piada?

Marin declarou que a Seleção, após vencer quatro amistosos na era Dunga II, está “mais respeitada do que nunca”. Às vezes eu acho que esta gente abusa demais. Se excede, achando que nós todos somos uns panacas, idiotas, e que caímos em qualquer esparrela que eles digam. Mas, pensando bem, será que eles estão errados? Acho que não, pois eles nos enganam há anos, fazem gato e sapato do torcedor, e depois saem voando por aí nos helicópteros e jatos da CBF, gastando o rico dinheiro gerado pela exploração comercial do monopólio da Seleção. Nossos clubes estão quebrados e nosso fut de baixíssima qualidade vai perdendo prestígio. Mas eles seguem contando piadas e rindo de nós!