Recordar é viver: Flamengo vence o Atlético-MG por 3 a 2 pela semifinal da Copa União de 1987

5/11/2014 10:42

Recordar é viver: Flamengo vence o Atlético-MG por 3 a 2 pela semifinal da Copa União de 1987

Diante de mais de 100 mil atleticanos, Rubro-Negro bateu o Galo em partida histórica

Recordar é viver: Flamengo vence o Atlético-MG por 3 a 2 pela semifinal da Copa União de 1987
No Mineirão, o Fla bateu o Galo por 3 a 2 (Foto: Site oficial do Flamengo)

Era 2 de dezembro de 1987. Atlético-MG e Flamengo se enfrentavam pela segunda partida das semifinais da extinta Copa União. No duelo de ida, 1 a 0 para os cariocas, gol de Bebeto, no Maracanã. Diante de mais de 100 mil torcedores, o Galo tentava reverter a situação para avançar à grande final. Com direito à expulsão, invasão de campo e um final emocionante, esse jogo entrou para a história do clássico.

Primeiro tempo

Como não podia ser diferente, o time da casa começou com tudo. Logo no início, Chiquinho deu grande arrancada, levou meio time do Flamengo e cruzou para Renato chutar com perigo. Foi o suficiente para inflamar o Mineirão. Chiquinho, por sinal, infernizou o lado esquerdo da defesa rubro-negra. Percebendo o perigo dos avanços do lateral atleticano, o técnico Carlinhos pedia para Zinho fechar mais o lado direito do ataque alvinegro. O ímpeto do Galo era notável, e o Flamengo tentava aproveitar os contra-ataques com Bebeto e Renato Gaúcho.

Apesar do maior volume de jogo, o Galo não chegava com perigo real de gol. Sentindo seu time um pouco apático, Telê Santana exigia mais garra dos seus comandados, que responderiam quase que instantaneamente. Edinho puxou belo contra-ataque e passou para Renato finalizar. Andrade cortou em cima da hora e cedeu escanteio ao Atlético-MG. O Mineirão parecia um caldeirão e não parava de tremer um segundo sequer.

Fatal nos contra-ataques, o Clube da Gávea faria 2 a 0 logo na primeira etapa. Aos 22, Bebeto cruzou e Zico cabeceou firme para abrir o placar. Muita reclamação dos mineiros, que pediam falta de Bebeto na origem do lance. Aos 31, o Galinho de Quintino lançou Renato Gaúcho pela direita. O camisa sete cruzou, Batista, zagueiro atleticano, falhou, e Bebeto não perdoou. Mais revolta do Atlético, que pedia impedimento, inexistente, de Renato Gaúcho. Logo após o tento de Bebeto, a torcida invadiu o campo e o jogo ficou paralisado por oito minutos.

Um clima hostil tomou conta do Mineirão. Barulhos de rojões eram ouvidos a todo minuto. Objetos eram lançados no campo sem parar. A torcida alvinegra perdia a cabeça, e isso acabou se refletindo no jogo. Paulo Roberto deu carrinho criminoso em Zico e foi expulso pelo árbitro Dulcídio Vanderlei Boschilla. O Atlético-MG foi para o intervalo perdendo por dois gols de diferença e com um jogador a menos. Àquela altura, todos achavam que a fatura estava liquidada. Doce ilusão.

Segundo tempo

Na segunda etapa, o Galo partiu para o tudo ou nada. Desde o primeiro minuto, se fez presente no ataque e pressionou o Flamengo. Entretanto, com um homem a menos, os espaços para os contragolpes rubro-negros eram enormes, e o clube carioca conseguia chegar com perigo à meta de João Leite.

A torcida do Flamengo gritava o nome de Zico, mas os gritos eram prontamente abafados pela massa atleticana. Apesar disso, o camisa 10 da Gávea pareceu ouvir os torcedores e, após grande jogada pela direita, passou para Ailton sozinho dentro da área. O meio-campista desperdiçou a chance de matar o jogo. Um minuto depois viria a punição. Aos 14, Renato foi derrubado dentro da área do Flamengo. Pênalti. Na cobrança, Chiquinho bateu firme e diminuiu. Ainda havia esperança para os alvinegros.

A torcida atleticana pedia mais um e o time se animava em campo. O Flamengo seguia perigoso nos contra-ataques, principalmente apostando na velocidade de Bebeto. Aos 19, o Mineirão viria abaixo. Sérgio Araújo fez grande jogada pela direita, passou por dois marcadores e finalizou de esquerda para deixar tudo igual. Loucura em BH!

O Flamengo mostrava sinais de nervosismo e o Galo seguia empolgado. Ao ser substituído, Zico reclamou: “Está perdendo gol demais, agora está sofrendo. Podia ter definido o jogo. Não definiu, agora é sufoco”. E foi. Como diz o hino do clube mineiro, o Galo lutou, lutou, lutou com toda a sua raça pra vencer. Contudo, aos 33, viria a ducha de água fria. Renato Gaúcho disparou desde o meio-campo, superou a marcação, fintou o goleiro e fez o terceiro do Fla. O Atlético não teve mais forças para reagir e o jogo terminou 3 a 2 para os cariocas.

O Rubro-Negro avançou à final do Módulo Verde da Copa União, quando bateu o Internacional. Ambas as equipes se recusaram a enfrentar Sport e Guarani, campeão e vice do Módulo Amarelo, em um quadrangular para decidir quem seria o campeão brasileiro de 1987. O episódio deu origem a uma das maiores polêmicas que permeiam o Campeonato Brasileiro: quem é o verdadeiro campeão de 1987?

1747 visitas - Fonte: Esporte Interativo


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