Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, lamentou resultado de votação no Conselho. DIVULGAÇÃO/FLAMENGO

A diretoria do Flamengo saiu derrotada da sessão do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira, na Gávea. Por maioria de votos (75 a 25), a oposição conseguiu derrubar a cobrança da cota extra para pagar dívidas de cerca de R$ 2,4 milhões com IPTU e Cedae, que vinha sendo cobrada há dois meses.

"Querem que o futebol seja o trem pagador de todas as dívidas do clube, mas nós não vamos deixar. Eles estão acostumados, acham que é um dinheiro fácil, mas isso não pode acontecer", disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Bandeira disse que o clube vai procurar soluções para não retirar dinheiro do futebol.

"Se a gente tivesse cobrado a taxa com outro nome, como aumento de mensalidade, não teria problema, mas fomos transparentes. Agora vamos ter de encontrar outros caminhos para este problema. De qualquer forma, o torcedor do Flamengo fique tranquilo, que nós não vamos mexer no futebol".

Fla-Gávea deve R$ 4 milhões

A cota extra, no valor de R$ 35,90, vinha sendo cobrada desde setembro junto da mensalidade do clube e tinha previsão de término em agosto de 2015. De acordo com dados do clube, a dívida total do Fla-Gávea (setor que cuida das dependências e instalações do clube, entre eles a áres dos sócios) é de cerca de R$ 4 milhões. As duas dívidas que originaram a cota, somadas, são pouco mais da metade de todo o gargalo financeiro: R$ 2,4 milhões.

O Flamengo possui cerca de 11 mil sócios, no entanto, somente 4.500 pagam mensalidade. O restante é isento e estavam fora da cobrança da cota.

Na mesma sessão, foi aprovado o novo uniforme do clube para o ano que vem.