Nada se compara ao mata-mata. Mesmo que o campeonato brasileiro, por pontos corridos, seja uma liga nos moldes europeus que faz bastante sucesso, quando se vê uma Copa do Brasil sempre dá para repensar num campeonato de pontos corridos. Pontos corridos leva um ano inteiro pra fazer o que o mata-mata faz em um jogo. As ligas acontecem durante todo o ano, todo o jogo passa a ser importante, mais a emoção começa faltando 5 rodadas para o fim, isso quando ainda há chances de um segundo time ser campeão.

O Flamengo precisava entrar em campo e fazer uma estrategia para poder tomar no mínimo um gol, como marcou poderia tomar até dois. Acabou perdendo na opção de deixar Gabriel no banco, bom jogador para contra ataque e optar por três volantes. O rubro negro buscou recuar a qualquer custo matando as chances de contra ataque. Se tivesse com Éverton e Gabriel aberto em dois lados e apenas um atacante, poderia manter os três volantes para reforçar a defesa. Não dá pra recuar, sem resposta, jogando fora de casa num campeonato onde se não conseguisse o resultado estaria fora. Luxemburgo teve a chance de mudar, mas perdeu quando colocou mais um volante, Luiz Gustavo, que poderia ter saído no lugar de outro volante, pra jogar mais na frente, mais entrou no lugar do atacante Eduardo da Silva e quando botou Mateus no lugar de Éverton, tirando um jogador de velocidade pra colocar um de centro, que não é um bom jogador.

No outro lado da chave, o Cruzeiro poderia seguir o caminho do Flamengo, chegou a perder por 3-1, porém conseguiu alcançar o resultado no final e empatar o jogo em 3-3. Após Robinho abrir o placar, Marcelo Moreno conseguiu empatar e no final, com gol de Rildo, o Santos consegue sair ganhando no primeiro tempo com gol polêmico de Rildo. A esperança surgiu com gol de Gabriel, fazendo 3-1 e deixando o time do litoral paulista na final da Copa do Brasil. Num banho de água fria, o Willian marcou mais dois gols e trouxe um clássico para a final da Copa do Brasil. Atlético Mineiro x Cruzeiro. Vida longa ao mata-mata.