FIFA.COM: A vez de Hernane

12/3/2013 21:32

FIFA.COM: A vez de Hernane

FIFA.COM: A vez de Hernane
Ter de a assumir a camisa 9 do Flamengo poderia ser uma tarefa bem ingrata, se levarmos em conta que a expectativa de milhões de torcedores rubro-negros era de aplaudir em 2013 as jogadas de nomes de prestígio internacional como Adriano, Vagner Love ou Liedson. Para Hernane, porém? Não há problema nenhum.

“Sou cobrado a cada jogo, porque aqui é Flamengo. Mas a experiência está sendo a melhor, não se compara com nada. É um momento muito bom para mim. Rodei bastante até chegar a este ponto”, afirma o centroavante ao FIFA.com. “Sabia que uma hora a oportunidade chegaria, e poderia ser a única, a última. É preciso estar pronto pra aproveitar da melhor maneira.”

Até se firmar como titular pela primeira vez em um time de ponta no Brasil, este baiano de Bom Jesus da Lapa realmente acumulou uma quilometragem e tanto. Embora tenha ficado sob quatro anos por contrato com o São Paulo, nunca foi aproveitado pelo clube, perambulando por Atibaia, Rio Preto, Toledo, Jundiaí, Suécia, Emirados Árabes, Paraná, Mogi Mirim até chegar ao Rio de Janeiro e, mais especificamente, à Gávea. Então, que ninguém venha dizer quão difícil é a responsabilidade que o jogador de 26 anos assumiu. A chance é mais do que bem-vinda.

Uma broca
A contratação de Hernane pelo Flamengo, no ano passado, é daquelas que poderia passar despercebida. Afinal, o plantel contava com Love e Deivid como opções de ataque, Adriano ainda estava por perto, Liedson chegou e, como se não bastasse, ainda havia todas as incertezas em torno da relação com Ronaldinho Gaúcho.

Aconteceu que os astros os poucos foram saindo e, por pouco, o então anônimo dianteiro não os acompanhou - quando a antiga diretoria tentou envolvê-lo em uma negociação com o Avaí. Era tudo do que menos precisava: cair na estrada novamente. “Olha, quando eu vim não foi um ano muito bom, calmo. Todos aqueles eram jogadores com algum tempo de clube. Mas quis ficar, continuei trabalhando. Tive alguns jogos e fiz alguns gols, enquanto esperava minha oportunidade."

Na virada para esta temporada, com uma nova gestão administrando o clube, as portas se escancararam quando Vagner Love foi o último a se despedir, retornando ao CSKA Moscou. “Aí não tinha mais o Love, o Liedson não ficou, e só havia eu para a posição. Fui dando conta do recado. E são poucos os jogadores que atuam como eu: esperando bola na área, tomando pancada.”

É isso. Hernane pode cair pelos lados do campo, mas suas apresentações pela Taça Guanabara justificam seu apelido de “Brocador”, que ganhou quando jogava pelo Toledo. É na grande área, perfurando e esperando brechas das defesas, que ele se vira melhor. “Foi uma brincadeira do Fabiano, que foi emprestado pelo São Paulo comigo e também era baiano. Quando comecei a ser utilizado, fiz uns seis gols em seis ou sete jogos, e ele, que já me conhecia do treino, começou a perguntar se eu era uma broca. Aí o apelido pegou.”

Referência
Pegou, mas demorou para que fosse realmente divulgado. O atacante mantém gravadas na memória as dificuldades para iniciar a carreira: já morando com a mãe em São Paulo, para onde se mudou aos 12 anos, foi reprovado em muitas peneiras. Acabou entrando no último ano da categoria júnior, jogando um Campeonato Paulista, e só, pelo AD Guarulhos. Foi o suficiente para começar no profissional pelo Sport Club Atibaia. Seis meses depois, chegaria ao São Paulo. Parecia, então, o grande salto.

“Mas acabei apenas sendo emprestado, Não tive a oportunidade de jogar lá”, diz. Além das andanças pelo interior do país, chegou a ser encaminhado para períodos de testes nos Emirados Árabes Unidos, onde ficou 15 dias, e Suécia, onde passou um mês. “Sabia que seria difícil, mas não guardo mágoa. Se for para voltar um dia, sem problema algum.”

Quando rescindiu contrato, se transferiu para o Paraná, pelo qual jogou mais como segundo atacante, fora de posição, até que, no ano passado, se integrou ao Mogi Mirim. Lá, foi um dos artilheiros do Paulistão, superado por Neymar. Enfim, entrou no radar do Flamengo. Agora é a hora, enfim, de mostrar que toda a espera e a caminhada valeram a pena.

Num elenco renovado e inicialmente desacreditado do Fla, Hernane, no fim, virou referência para os mais jovens, como Nixon, Adryan e Rafinha, que também ficou afastado do time principal rubro-negro por um tempo até ser aproveitado. “Não foi diferente para ele também. Alguns apostavam, outros não. Tem de matar um leão por dia, é difícil. Sabia que a responsabilidade seria bem maior, e a cada gol que fizesse, iria sempre aumentar. Mas, com os pés no chão, estou colhendo os frutos”, diz o artilheiro, que já teve contrato renovado.

Neste momento de afirmação, as jovens revelações têm nesse companheiro alguém que ainda está construindo sua reputação nacionalmente, mas cuja experiência de carreira é extremamente valiosa para se buscar conselhos. “Hoje dou bem mais valor ao que venho conseguindo no Flamengo, já que pode ser que seja a única, a última oportunidade mesmo. Então, é preciso sempre querer mais que os outros. E batalhar.”

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