Conforme revelado na última quarta-feira, as gratuidades nos estádios do Campeonato Carioca fizeram com que quase 24% dos torcedores presentes aos jogos da Taça Guanabara entrassem sem pagar. Algo que obviamente não está nos planos dos clubes que disputam o torneio e que poderia refletir na situação financeira também da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

A entidade, porém, consegue outras formas de obter renda, e novamente complicando os clubes.

De acordo com o balancete divulgado no ano de 2011, A Ferj arrecadou R$ 11.972.835,44, sendo que R$ 6.184.176,65, ou 51,6%, foi proveniente da receita de serviços. Serviços, estes, que não são poucos.

De acordo com o levantamento feito pelo ESPN.com.br, a lista de serviços e emolumentos da federação possui 83 itens divididos em 17 categorias – não consta, por exemplo, os 10% cobrados da renda de cada partida do campeonato, que em São Paulo é de 5%.

Como comparação, a sua similar paranaense (FPF) tem sete categorias com um total de 38 itens na sua tabela de serviços a serem prestados, dentre eles taxas de expediente como xerox (50 centavos) e cartão de identificação do atleta (4 reais).

Registro e Inscrição, Liberação e Transferência, Cadastramento de Árbitros, Certidões e Atestados, Filiação, Autorizações, Vistorias, Diversos, Credenciamento, Registro de Chapa Eleição Ferj, Mudança de Sede, Licenças e Afastamentos, Alteração de Jogos, Petições TJD, Recursos Administrativos, EAERJ e ICF são as categorias presentes na lista de serviços da Ferj.

E tem de tudo. Desde o registro de contrato de atleta profissional das séries A, B e C (de 400 a 200 reais) até um pedido de “Nada Consta” (200 reais), passando por vistorias de estádios (3.000 reais), a inscrição de chapa na eleição (30.000 reais) e também alteração de jogos (na Série A, ao custo de 2.000 reais).

Os clubes ainda precisam pagar uma anuidade de R$ 10 mil (com desconto de 25% em casa do pagamento antecipado) para seguirem federados.