As diretorias de Flamengo e Fluminense voltaram a entrar em choque com a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro). Após período de trégua pelo recuo da entidade que comanda o futebol do estado em relação ao preço dos ingressos para o Campeonato Carioca, a dupla Fla-Flu voltou ao ataque por causa de reunião agendada para a próxima terça-feira em que o acordo dos clubes com o Maracanã será discutido.

Na sexta-feira, os cartolas tricolores e rubro-negros se uniram para entrar com representação contra Arbitral da Ferj, que discutirá detalhes da parceria dos clubes com o consórcio que administra o principal estádio do Rio de Janeiro. A dupla Fla-Flu alega que a Ferj não tem direito de rejeitar qualquer detalhe já acertado entre as partes.

A reunião pode determinar a mudança de local da partida entre Flamengo e Vasco, marcada para o Maracanã no dia 22 de março. O Engenhão seria uma alternativa, já que o presidente cruzmaltino Eurico Miranda quer que a divisão igualitária da renda do clássico.

O bate boca teve sequência neste sábado, através de notas oficiais. A Ferj, aliada ao Vasco, provocou o presidente tricolor Peter Siemsen relatando as diversas ausências do cartola nas reuniões convocadas pela entidade. Ao mesmo tempo, o mandatário Rubens Lopes pediu que o rival se apresente na terça-feira para apresentar propostas.

Em seguida, foi a vez do Fluminense responder – também através de nota. Siemsen relatou que não vai ao encontro por considerar que nada de produtivo será definido. O cartola tricolor ressaltou ainda que o seu clube recebe tratamento desigual por se manifestar contra as decisões da Ferj.

"Qualquer jovem ainda em idade escolar percebe o que pretende dizer em suas manifestações, ou seja, de que o Fluminense, por não concordar com suas condutas, sofre ataque aos seus direitos dentro e fora de campo."

No arbitral, também serão discutidos detalhes da polêmica proposta apresentada pela Ferj, conhecida como "Lei da Mordaça".