Marcelo Cirino: protegido às vésperas do clássico contra o Vasco Foto: Alexandre Cassiano / Alexandre Cassiano

Na semana mais decisiva do ano até agora, com partida eliminatória pela Copa do Brasil e clássico, o Flamengo vive dias de alta concentração e pouca exibição. A boa campanha e as apresentações da equipe têm motivado cautela em vez de empolgação interna. Em especial com jogadores que estão se destacando de forma relâmpago, casos de Marcelo Cirino e Paulinho, principalmente. A estratégia tem como mentores não só o técnico, como o diretor executivo Rodrigo Caetano, que no Vasco, rival do próximo domingo, adotava a blindagem. O objetivo é se classificar para a segunda fase da Copa do Brasil, amanhã, contra o Brasil de Pelotas, no Maracanã.

— Tem que separar. Estamos focados na Copa do Brasil, não conseguimos eliminar o jogo de volta. Claro que tem o clássico, mas o jogo de quarta é uma decisão para a gente, para dar uma tranquilizada — disse o lateral Pará.

O substituto de Leo Moura deu a primeira entrevista coletiva após a saída do ex-capitão apenas ontem. Ele era um dos que estavam sendo preservados por conta da pressão por entrar no lugar de um ídolo. Destaques nos últimos jogos, Cirino e Paulinho vão tendo a participação frente aos microfones adiada e a tarefa costuma ficar com os mais experientes e rodados de Flamengo, casos do goleiro Paulo Victor e do zagueiro e novo capitão Wallace. Outros com mais tempo de casa, como Gabriel também assumem o papel de porta-voz, assim como o experiente Eduardo da Silva, atualmente reserva.

Apesar de a maioria dos atletas do elenco ter participado do amistoso contra o Vasco no começo do ano, em Manaus, alguns jogadores nunca disputaram o clássico para valer. Caso do próprio Cirino, de Pará e do volante Jonas, recém-chegado. O técnico Vanderlei Luxemburgo, conhecedor da rivalidade, vai dosando a exposição de seu time e conta com a ajuda de Rodrigo Caetano, que sabe bem como o adversário virá mordido para o primeiro duelo desde que o presidente Eurico Miranda voltou ao poder no Vasco. Do outro lado, o executivo sentiu na pele a polêmica final do Estadual do ano passado, vencida pelo Flamengo.