A experiência de Jorginho como auxiliar técnico de Dunga na seleção brasileira não terminou com a esperada conquista da Copa da África do Sul, em 2010. Mas o hoje comandante do Flamengo ainda sonha em dirigir a equipe canarinho no futuro.

"Penso, claro [em voltar]. É um sonho. Os quatro anos que passei lá foram ótimos. Eu conheço muito bem. Quando eu tinha seis anos e ouvia os jogos da seleção no autofalante, eu tinha o sonho de ser jogador da seleção brasileira. E consegui. Agora, é ser treinador", disse Jorginho ao Fox Sports. "Conheço [a seleção] muito bem. Os quatro anos que passei lá foram maravilhosos para isso", completou.

Jorginho explicou também a não convocação de Neymar em 2010. O treinador disse discordar em algumas listas, mas não no caso do atacante do Santos. O jogador tinha na época apenas 18 anos e aparecia como grande promessa do futebol brasileiro ao lado de Ganso.

"Tenho minha diferenças em relação ao Dunga, discutimos convocações, formas de escalação. Mas a relação sempre é do treinador. Eu não levaria o Neymar na Copa de 2010. Naquela oportunidade tínhamos uma filosofia de trabalho e só levaríamos os jogadores que testamos", explicou o treinador, que revelou a presença de Ganso em uma pré-lista para a Copa.

"O Ganso entrou na lista dos 30 e chegamos a conversar e pensar. O Ganso teve prejuízo pelas contusões que teve, mas não queria dizer que seria certo mudar. Não ganhamos a Copa América com ele [em 2011, já sob o comando de Mano Menezes], mas é um grande jogador", definiu o treinador.

O técnico elogiou a escolha de Felipão e Carlos Alberto Parreira para liderarem a seleção brasileira até 2014. Segundo Jorginho, o comandante do time campeão do mundo em 2002 tem personalidade para fazer as mudanças necessárias na equipe.

"Mudamos para dois campeões do mundo [Felipão e Parreira] que conhecem muito. Vamos jogar em casa e isso motiva bastante. Teremos uma pressão positiva e eles estão convocando jogadores de personalidade, mas hoje o Felipão tem um desafio e vai mudar", encerrou Jorginho.