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Vanderlei Luxemburgo avisa que não se calará

Depois de ser punido por fazer críticas à Federação Carioca, Vanderlei Luxemburgo se despediu da coletiva de imprensa desta sexta-feira com um esparadrapo na boca, forma de protesto contra os cartolas que dirigem a entidade. A iniciativa partiu do próprio técnico, que comunicou a diretoria de sua ação minutos antes de sentar para conceder a entrevista.

Em conversas com amigos de fora que estão acompanhando a guerra do Flamengo e do Fluminense contra a Ferj, o treinador não tem dúvida para cravar: a Era Rubinho está chegando ao fim. Rubinho, como é chamado no Rio de Janeiro, é Rubens Lopes, o presidente da federação estadual.

O que dá essa certeza para Vanderlei são as experiências anteriores que teve em outros clubes e em outras cidades do país, onde acompanhou, de perto ou de longe, a queda de dirigentes "eternos" em seus cargos com quem trabalhou ao longo dos anos.

O técnico esteve no Bragantino, de Nabi Abi Chedid, no Palmeiras, de Mustafá Contursi, no Corinthians, de Alberto Dualib, em São Paulo, de Eduardo José Farah, presidente da Federação Paulista de Futebol.

Nabi Abi Chedid dirigiu o futebol do Bragantino durante as décadas de 50, 60, 80 e 90. Depois, foram seus familiares quem ficaram à frente do clube. Vanderlei comandou o time entre 1989 e 1990.

Dualib ficou quase 10 anos à frente do alvinegro, de 1998 até 2007, quando renunciou. O treinador trabalhou no Parque São Jorge em 2001.

Mustafá ocupou o cargo máximo do alviverde durante 11 anos, de 1993 até 2004. Luxa passou por lá em 2002.

Nesse tempo, Farah comandava a FPF já algum tempo, desde 1988, deixando a cadeira livre para Marco Polo Del Nero em 2003.

"Não vão me calar, meu movimento vai continuar, se quiserem me tirar do Campeonato, se quiserem me tirar do Carioca, que me tirem, se querem fazer isso de forma arbitrária e sem nenhum embasamento, que façam. Não vou me posicionar mais, mas não vão me calar. Só vão me calar quando colocar isso aqui", disse Luxa, depois de colocar a mordaça na boca.