Na última sexta-feira, oito jogos fecharam a temporada regular do NBB 7. Pouco mais de cinco meses depois da abertura entre Paulistano e Flamengo, 239 partidas foram jogadas e uma definida no tribunal - o W.O. a favor do Pinheiros diante do Flamengo no primeiro turno. Das 16 equipes que começaram o campeonato, 12 avançaram aos playoffs. Uberlândia, Basquete Cearense, Rio Claro e a rebaixada Liga Sorocabana ficaram pelo caminho. Bauru, Limeira, Flamengo e Mogi das Cruzes, os quatro primeiros colocados, seguiram direto às quartas de final. Para chegar lá, Minas, Paulistano, Pinheiros, Franca, Palmeiras, Brasília, São José e Macaé encaram as oitavas a partir desta semana.

Com 28 vitórias e apenas duas derrotas, o Bauru reinou absoluto e não deu brechas aos adversários. A campanha quase perfeita valeu aos paulistas o recorde de 25 resultados positivos seguidos, marca que pertencia ao Flamengo (24) na temporada 2008/2009, além da vantagem de atuar mais vezes dentro da sua casa até a decisão. O time comandado por Guerrinha também foi o ataque mais positivo e a segunda defesa menos vazada. A única notícia ruim é a lesão do ala-pivô Jefferson William, fora do torneio, por conta de uma ruptura no tendão de Aquiles.

Estrela do quarto colocado Mogi das Cruzes, o americano Shamell teve motivo em dose dupla para comemorar. Cestinha e único jogador a ter uma média acima dos 20 pontos na primeira fase, ele se tornou o maior pontuador da história do NBB, ultrapassando o rubro-negro Marcelinho. O veterano Guilherme Giovannoni fez o que pôde para conduzir o enfraquecido Brasília, que perdeu Alex e Nezinho para o Bauru e Limeira, respectivamente. O ala-pivô aparece como o segundo maior cestinha e o segundo jogador mais eficiente, colaborando para o 10º lugar de sua equipe. Com 19.2 de valorização, o pivô Caio Torres foi o único a superar o "candango", mesmo atuando no também irregular São José, uma posição abaixo dos tricampeões.



Alex Garcia é a principal estrela do Bauru, que não tomou conhecimento dos adversários na temporada regular. Ele é o terceiro jogador mais eficiente do NBB 7 até aqui (Foto: Henrique Costa / Bauru Basket)

O alto investimento feito pela diretoria rendeu rápidos frutos aos bauruenses. As contratações da estrela Alex Garcia, do ala americano Robert Day, do ala-pivô Jefferson William e do pivô da seleção brasileira Rafael Hettsheimeir fizeram com que o atual campeão paulista e da Liga das Américas igualasse o poderio do Flamengo, atual bicampeão do NBB. Após a derrota na estreia para o Brasília, no Panela de Pressão, em meio às finais do Paulista, e para o vice-líder Limeira, fora de casa, foi só alegria: 28 vitórias, sendo 25 seguidas.

Mesmo com grandes nomes individuais, a força vem do conjunto. O Bauru tem o ataque mais positivo, único entre os 16 com média acima dos 90 pontos (90.8), e a segunda defesa menos vazada, atrás do Minas, com 75.4 pontos sofridos por rodada. No playoffs, o favorito ao título encara o vencedor da série entre Franca e Palmeiras e tenta provar que a perda de Jefferson William não será afetará seu jogo.

Melhores defesas (média de pontos sofridos por partida)
Minas - 74.3
Bauru - 75.4
Limeira - 76.6
Franca - 77.1
Palmeiras - 79.3

Melhores ataques (média de pontos anotados por partida)
Bauru - 90.8
Flamengo - 89.7
Mogi das Cruzes - 84.9
Limeira - 82.8
Pinheiros - 82.3



Mão afiada: ninguém colocou mais bola dentro do aro do que o americano Shamell, ala de Mogi das Cruzes
(Foto: Cleomar Macedo)

Entre os maiores pontuadores, nenhuma novidade. Com média de 20.2 pontos por jogo, o americano Shamell terminou a temporada regular como o cestinha do NBB - tanto na média como em números absolutos. Os 585 pontos ajudaram o Mogi a terminar na quarta posição e o próprio atleta a conquistar outro grande feito. Com 4.540 pontos, ele ultrapassou o rubro-negro Marcelinho (4.520) no quesito e se tornou o líder de pontuação da história da Liga.

Confira as cinco melhores médias em pontos do NBB 7
Shamell (Mogi) - 20.2
Guilherme Giovannoni (Brasília) - 18.3
La Monte (Brasília) - 17.3
David Jackson (Limeira) - 17.1
Jamaal (Macaé) - 16.8

Confira os cinco maiores pontuadores do NBB 7
Shamell (Mogi) - 585
Guilherme Giovannoni (Brasília) - 512
Léo Meindl (Franca) - 492
Jamaal (Macaé) - 487
Rafael Hettsheimeir (Bauru) - 468



Caio foi difícil de ser segurado na primeira fase (Foto: Arthur Marega Filho / São José Desportivo)

A 11ª colocação do São José não o situa entre os candidatos ao título do NBB 7, mas as boas atuações do pivô Caio Torres na temporada regular ajudaram ao time paulista a conquistar uma vaga aos playoffs e fizeram do jogador o mais eficiente, com 19.2 de valorização e médias de 15.1 pontos e 9.3 rebotes por jogo. Dentro do garrafão, inclusive, o ex-jogador da seleção brasileira foi o que mais alcançou rebotes na competição. O São José encara o Paulistano nas oitavas de final.


Saiba quem são os cinco mais eficientes do NBB 7
Caio Torres (São José) - 19.2
Guilherme Giovannoni (Brasília) - 19.1
Alex (Bauru) - 18.75
David Jackson (Limeira) - 18.70
Rafael Hettsheimeir (Bauru) - 17.0



Max Stanic liderou o Palmeiras na fase de classificação do NBB (Foto: Fábio Menotti/Ag.Palmeiras)

Se no futebol um grande time começa por um grande goleiro, no basquete ele passa por um grande armador. Nesse quesito, Palmeiras e Bauru estão muito bem servidos. Maxi Stanic, do Verdão, obteve as melhores médias no fundamento: 6.32 assistências por jogo contra 6.13 de Ricardo Fischer, do Bauru. Em números absolutos, a ordem se inverte. Com 184 passes decisivos, Fischer é o primeiro, deixando Stanic na vice-liderança, com sete a menos.

Veja os cinco maiores garçons da primeira fase do NBB 7 (média)
Maxi Stanic (Palmeiras) - 6.32
Ricardo Fischer (Bauru) - 6.13
Fúlvio (Brasília) - 5.84
Laprovittola (Flamengo) - 5.55
Nezinho (Limeira) - 5.40

Conheça os cinco maiores garçons da primeira fase do NBB 7 (números gerais)
Ricardo Fischer (Bauru) - 184
Maxi Stanic (Palmeiras) - 177
Laprovittola (Flamengo) - 161
Valtinho (São José) - 157
Joe Smith (Pinheiros) - 147



Além de ser o mais eficiente, Caio Torres também é o jogador que apresenta a melhor média de rebotes das primeiras 30 rodadas. Com 23 jogos disputados pelo São José, o pivô registra 9.3 por duelo, quase um a mais do que o segundo colocado Shilton, do Minas, com 8.6. Assim como na disputa entre Ricardo Fischer e Maxi Stanic, o atleta mineiro dá o troco no paulista quando a avaliação é em números gerais. Com 240 em 28 jogos, Shilton supera Caio Torres, que conseguiu 215, mas com cinco participações a menos.


Com 240 rebotes no NBB 7, Shilton lidera o fundamento em números gerais (Foto: Newton Nogueira / Franca Basquete)

Saiba quais são os cinco melhores nos rebotes (média)
Caio Torres (São José) - 9.3
Shilton (Minas) - 8.6
Toyloy (Palmeiras) - 7.3
Felipe (Pinheiros) - 6.9
Toledo (Pinheiros) - 6.5

Saiba quais são os cinco melhores nos rebotes (números gerais)
Shilton (Minas) - 240
Caio Torres (São José) - 215
Toyloy (Palmeiras) - 211
Bruno Fiorotto (Limeira) - 193
Toledo (Pinheiros) - 189



Minas (5º) x Macaé (12º) - vencedor pega o Mogi das Cruzes
Paulistano (6º) x São José (11º) - vencedor pega o Flamengo
Pinheiros (7º) x Brasília (10º) - vencedor pega o Limeira
Franca (8º) x Palmeiras (9º) - vencedor pega o Bauru