Caminhando rumo a administrações mais responsáveis, o Flamengo aprovou na última terça-feira a Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra. O Conselho Deliberativo reuniu-se na Gávea e deliberou uma nova regra que responsabiliza os dirigentes em caso de sonegação de impostos ou apropriação indébita. O texto foi aprovado por unanimidade.

Dando este passo, o Flamengo torna-se o primeiro clube do Brasil a se adaptar à Medida Provisória 671, aprovada pela presidenta Dilma Rousseff no mês passado. A partir desta semana, qualquer presidente ou vice-presidente eleito estará sujeito à perda de mandato e inelegibilidade de cinco a 15 anos.

Os membros ainda podem responder com bens particulares mesmo que a gestão já tenha se encerrado. De acordo com uma nota oficial divulgada pelo clube, com a nova regra, "as boas práticas de gestão se tornam mais uma obrigação de qualquer diretoria eleita".

"É uma medida para proteger o Flamengo e também uma forma de demonstrar que a gente dá o exemplo", celebra o presidente Eduardo Bandeira de Mello. "Não defendemos as contrapartidas da medida provisória do esporte só da boca para fora. Tem muita coisa para ser feita em todas as áreas do clube, mas isso vai garantir que a gente tenha condições de estabilidade e governança", entende o mandatário.

A Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra foi aprovada na primeira reunião após Delair Dumbrosck deixar o Conselho Deliberativo.