Mário Bittencourt deu entrevistas após o jogo com uma lata de refrigerante ironizando o presidente do Madureira (Foto: Richard Souza)

Presidente do Madureira, Elias Duba fez uso de seus habituais discursos polêmicos para rebater todas as críticas recebidas após a derrota por 2 a 1 para o Fluminense, nesta última quarta-feira, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Carioca. O cartola explicou a confusão que tomou conta dos corredores do Estádio Raulino de Oliveira depois da partida, detonou o trio de arbitragem comandado por Péricles Bassols - que, segundo ele, "se cagou todo" -, e definitivamente comprou a briga com Mário Bittencourt, vice de futebol do clube das Laranjeiras.

Ao comemorar a conquista da vaga nas semifinais do estadual, Mário afirmou em entrevistas que Duba era como um refrigerante, pois só fazia pressão - o presidente, na véspera, havia o chamado de fraco e referido-se a Fred como um ex-jogador. Nesta quinta, por telefone, ele voltou a atacar.

- Ele (Mário) é um brilhante advogado, mas como dirigente, é fraco. Fraco não, fraquíssimo! Não existe um dirigente como ele. Na verdade, sei que ele também é agente de jogadores. Isso aí você vê o nível de dirigente que ele é. Esse rapaz aí, dirigente do Fluminense, tem uma foto bebendo refrigerante com o meu nome, dizendo que eu tenho muita pressão. Primeiro, esse rapaz, pela posição que ocupa na vida social, ele não bebe, ele toma, entendeu? Segundo, se ele quisesse, ele podia chupar o picolé Duba, de repente ele ficaria mais satisfeito. Esse Mário não bebe nada, ele toma. E tem o picolé Duba, se ele quiser, mando para ele - afirmou ele.

Sobre a atuação do trio de arbitragem, Duba acredita que os homens de preto foram influenciados pela declaração de Fred após a derrota para o Flamengo, na penúltima rodada.

- Eu falei essas coisas do Fred porque ele saiu coagindo a arbitragem, assim como os dirigentes fizeram também. E deu certo. Tenho até que parabenizar eles, porque deu certo, eles coagiram a arbitragem. O árbitro ontem se cagou todo, apitou o jogo para o Fluminense, deixou de dar dois pênaltis claros. O primeiro gol do Fluminense estava impedido. No segundo, foi falta no goleiro no lance que antecedeu. O árbitro tinha que expulsar o lateral-direito deles, mas não fez. Uma série de coisas que conseguiu coagir a arbitragem. Minha bronca com o árbitro foi essa. Que jogador sai de campo já questionando a arbitragem da próxima partida? - indaga.

Elias Duba ainda deu mais detalhes da confusão que aconteceu após a partida:

- Esse bate-boca foi do Mário Bittencourt com os meus funcionários, supervisores e o coordenador de futebol do Madureira, que saíram da tribuna, dos camarotes e viram o Mário Bittencourt dizendo que o Fluminense era time grande, não era time do mercadão, não era timeco do mercadão. Aí o pessoal se defendeu e com razão. Você sabe que quem fala o que quer escuta o que não quer. A mim, ninguém intimida. Ontem mesmo, depois do jogo, quando eu estava passando na porta da arbitragem, pego um funcionário meu com uma bandeja de frutas servindo a arbitragem. Larguei o pau! Esse árbitro é um pilantra, veio na porta do vestiário falar desaforos e aí escutou o que não quis. Não tem esse negócio, não tenho medo de tribunal, não tenho medo de nada. Se mexer comigo, vai receber o troco - finalizou.