Foram 90 minutos de pouco futebol e muito nervosismo. Prova disso é que o volante Jonas quase colocou tudo a perder nos minutos iniciais do jogo, com uma falta dura, podendo ser expulso, fazendo com que o técnico Vanderlei Luxemburgo mudasse a estratégia de jogo. Porém, quase nada mudou.

Nem mesmo a entrada de Everton conseguiu alterar o panorama. A bola não conseguia passar de pé em pé até chegar aos atacantes. As ligações eram sempre feita na base dos chutões. Mas, quando chegava na frente, os atacantes deixavam o nervosismo falar bem mais alto. Cirino perdeu gol incrível, sozinho,diante de Martin Silva.

A impressão era a de que o Flamengo necessitava, de qualquer jeito, de um gol, esquecendo o que o próprio técnico Vanderlei Luxemburgo deixou claro, de que o clássico tem 180 minutos. Até mesmo Luxa entrou na pilha, e arrumou confusão com os gandulas.

Clássico é clássico. Os nervos ficam à flor da pele, mas um pingo de tranquilidade é fundamental para as coisas acontecerem.

O domingo era um dia daqueles em que nada dava certo, assim como aconteceu contra o Nova Iguaçu. Nem mesmo com as entradas de Paulinho e Arthur Maia, o Flamengo conseguiu criar chances. A bola queimava os pés dos jogadores. Cada um tentava resolver de qualquer maneira. Era chute para todas as direções, deixando os torcedores apreensivos até o minuto final. Quando Pará recuou e quase encobriu Paulo Victor, a arquibancada chegou a gelar.

A maior preocupação, portanto, era reclamar com o árbitro, buscando uma expulsão de um adversário. Mas se uma coisa boa há de se destacar, foi a atuação do camisa 48, primordial para garantir que o Rubro-Negro saísse do Maracanã sem sofrer gols e, assim, levar a vantagem adquirida para o jogo de volta. Tenha calma, Mengão!