Olelê, olalá, a mosca vem aí, o bicho vai pegar. Pois é, não tem choro nem vela. A dupla Fla-Flu esbanjou solidariedade nas arquibancadas.

Esculachou para valer o nobre espaço que um dia já pertenceu à gloriosa e inesquecível turma dos geraldinos.

Com folhas de pagamento que, somadas, atingem pouco menos de R$ 15 milhões, os coirmãos atraíram nada mais nada menos que 5.459 testemunhas à super-rodada de sábado da Taça Rio, o sensacional returno do Carioquinha.

Em um Engenhão mais vazio que barriga de faquir, o voo do urubu colecionou mais um tremendo fracasso técnico (0 a 0 com o Boavista) e financeiro (4.171 rubro-negros deixaram R$ 131.650 nas bilheterias).

Em Volta Redonda, o Tricolor também não saiu do 'oxo' contra o Duque de Caxias, num jogo em que a redonda ficou quadrada de tanta bicuda.

Mas pelo menos o campeão brasileiro bateu o Fla na luta pelo sossego na casa de repouso Ferj: 1.288 pessoas, que proporcionaram um cofrinho de R$ 17.605, 40 vezes menos que o holerite do gajo Deco.

Com inveja dos amigos de fé, o Botafogo fechou o triângulo da fome: 2.422 pessoas (R$ 37.620) no embate contra o Madureira.

Por falar em multidão... No Paulistinha, a presença da galera também não é nenhum Camaro Amarelo. Está mais para uma Kombi.

No meio da semana, o Peixe atraiu 3.463 pagantes ao aquário da Vila. Teve um rombo de R$ 11.541, sem contar o bicho pela vitória sobre o Mirassol. E o superclássico entre periquitos e santistas amealhou 11.912 (R$ 384.920).

Lá como cá, um show de bola furada. Só os cartolas se divertem.
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Pitacos da rodada 1. O empolgante Paulistinha, pré-temporada com ingresso pago da magnânima FPF, faz a trinca nos clássicos: terceiro ‘oxo’ consecutivo, um prato cheio para atrair a torcida – periquitos em revista e Peixe, uma aula de antifutebol; ‘bando de loucos’ em êxtase: Corinthians arrasa o Índio campineiro com um golzinho de Guerrero numa exibição chinfrim; soberano Tricolor encaçapa Bragantino e navega tranquilo na marola da liderança.

Pitacos da rodada 2. Botafogo bate Madureira e salva a honra dos grandes na segunda rodada da Taça Rio, o returno do Carioquinha – Vasco dançou, e Flamengo e Fluminense empataram; Seedorf comanda vitória, marca um e depois leva o cartão vermelho do árbitro Philip Georg Bennet – havia sete anos que o holandês não era expulso de campo; Raposa e Galo bom de bico seguem a rotina: mais uma vitória no Mineirinho mamão com açúcar; Saci colorado emplaca sexto triunfo consecutivo com bolinha sonolenta, enquanto gladiador Kleber volta e garante três pontos ao imortal Grêmio no Gauchinho.

Sugismundo Freud. Não há tempo ruim com dinheiro no bolso.

Pica-Pau. O popular Juvenal Antena garante: o ‘professor’ Ney Franco está mais sólido no soberano São Paulo do que casco de tartaruga. Não será demitido nem se o Tricolor ficar pelo meio do caminho na Libertadores, o grande sonho dos torcedores. Alô, São Tomé, vamos ficar de prontidão. É ver para crer.

Só pra contrariar. Corintianos se machucam mais que o pessoal do UFC.

Dona Fifi. A mamãe Fifa vai mal das pernas. Ano passado, obteve pequeno lucro de R$ 178 milhões. E, agora, acumula uma ridícula reserva financeira de R$ 2,6 bilhões. O futebol é mesmo Fada Madrinha.

Gilete press. De Alberto Murray Neto, do blog ‘Movimento Olímpico’: “No mesmo local em que índios do Brasil foram tirados de seu lar debaixo de vara, será construído um museu olímpico, que certamente será objeto de polêmica, de contas obscuras, como é tudo que fazem para ‘fomentar o esporte brasileiro’. Acho que os representantes das comunidades indígenas do nosso país deveriam enviar protesto formal à Fifa, COI e ONU. E muita atenção! A intenção do Pajé Olímpico [governador Cabral] é dar o nome de Carlos Arthur Nuzman ao museu. Não podemos permitir isso. Será outra briga.” É muita cara de pau.

De chaleira. Após cinco vitórias, um empate e sete derrotas, Dario Pereyra sambou no Vila Nova, de Goiás. Aproveitamento de 41%. Não deixará saudade.

Touché. Apesar da cobiçada bolsa-atleta de R$ 925 mensais, a esgrimista Élora Pattaro resolveu fazer uma vaquinha, com a ajuda de uma amiga, para arrecadar R$ 5 mil. Se conseguir, ela poderá treinar um mês em Nova York, antes do Pan da Colômbia, em junho.

Tititi d’Aline. O Corinthians trabalha mais na plim-plim do que galã de novela: nove jogos do Paulistinha, em 14 rodadas, e os quatro da Libertadores.

Você sabia que... o pirata Barcos vende mais camisa no Grêmio que Zé Roberto, Vargas e Kleber?

Bola de ouro. Paraná. Acabou com um tabu do Coxa: não perdia para o rival em casa desde 1996. Também não saía de cabeça baixa do Couto Pereira, com uma sapatada do adversário, desde abril de 2009.

Bola de latão. Philip Georg Benette. Trapalhão do apito, sua senhoria voltou atrás na marcação de um pênalti e depois expulsou Seedorf. Mais perdido em campo que cebola em salada de frutas.

Bola de lixo. Vasco. A situação no porto de São Januário é tão boa, mas tão boa, que o ex-treinador Dorival Júnior ainda está à espera do prêmio pela conquista do inesquecível caneco da segunda divisão.

Bola sete. “Não estou feliz. É o ambiente. Estão minando o trabalho. Não estou em momento de festa, de sair saltitante” (de Luís Fabiano, após o jogo contra o Bragantino – o doce de leite está com gosto de jiló no Tricolor).

Dúvida pertinente. Últimos clássicos do Paulistinha: propaganda enganosa?

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