Bandeira de Mello (Foto: Ricardo Ramos/LANCE!Press)

Apesar de ter representado os clubes no evento no Palácio do Planalto em que a presidente Dilma assinou a Medida Provisória do Profut, em março, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, sugere algumas mudanças no texto elaborado pelo governo. A principal delas, segundo ele, é a exclusão da conta única para centralizar os depósitos feitos pelos clubes no parcelamento de suas dívidas fiscais.

– Está claro para todos que o artigo 8 não pode continuar no texto – afirmou o dirigente rubro-negro.

Ele também cita que uma flexibilização pode ser acertada para o artigo 5 da MP onde as partes envolvidas poderão “ceder aqui para ganhar ali”. O artigo citado é um dos mais polêmicos do texto por impor regulamentar a administração da CBF impondo desde limite no mandato dos dirigentes à maior transparência nas contas da entidade.

Já em relação ao conteúdo das 181 emendas apresentadas pelos parlamentares, Bandeira de Mello destaca a que abre a possibilidade dos clubes se tornarem sociedades empresariais. A proposta foi apresentada por mais de um parlamentar para ser inserida no documento.

– É uma iniciativa interessante para aqueles clubes que pretendem um dia se transformar em clube-empresa – comentou o dirigente.
Com as sugestões em relação ao conteúdo proposto pelo governo na MP do Profut, o presidente do Fla diz que o momento é de aproveitar as audiências públicas para debater a proposta. E que tem que haver diálogo entre todas as partes interessadas, como clubes, CBF, parlamentares e Bom Senso. Ao longo deste mês, está prevista a realização de seis audiências públicas em Brasília onde todos envolvidos poderão debater a MP do Profut.

– A bola está com os parlamentares e eles saberão definir o que é bom ou ruim para o futebol brasileiro – completou o dirigente.