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Luxemburgo espera não repetir sufoco de 2014 no Brasileiro (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
“A temporada não terminou no estadual, ela termina em dezembro”. Com essas palavras, o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, já indicou que a equipe busca uma postura completamente diferente para o Campeonato Brasileiro. Não que o clube tenha apresentado um desempenho abaixo do esperado na competição. Eliminado pelo Vasco na semifinal, terminou a primeira fase em segundo lugar, com 11 vitórias, três empates e apenas uma derrota.
Mas a cobrança interna vem falando alto. Com a saída de Léo Moura, no início do ano, o Rubro-negro perdeu uma forte referência entre os jogadores. As apostas do clube se voltaram para o trio formado por Arthur Maia, que vem crescendo no setor de criação, Marcelo Cirino e Gabriel. Alecsandro, que antes assumia função de protagonista, acabou sobrando na reserva.
Após a eliminação do Carioca, Luxemburgo exigiu uma intertemporada em Atibaia-SP. E assim o Flamengo se concentrou no interior paulista, onde realizou até mesmo jogo-treino como Bragantino, na última quarta-feira, como preparativo para o Brasileirão.
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O Flamengo deposita suas esperanças de liderança em Arthur Maia (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Questionado se a atual fase vivida pelo Flamengo, de reformulação de elenco, é vista como a mais difícil da carreira, principalmente pela ausência de títulos, o técnico precisou pensar um pouco antes de responder. “Não, é uma situação muito complicada”, explicou ele se referindo ao ano anterior, quando o clube terminou o Brasileiro em 10º lugar. “Eu falei que a conquista do título do Flamengo no ano passado era sair da confusão. É um título de merd..., é um título ruim. Meu discurso foi que o título daquela época era sair da confusão”, acrescentou.
Em 2015, o treinador já manifestou ser contra a atitude da diretoria rubro-negra de atuar como mandante fora do Rio de Janeiro. Para ele, é como se a equipe perdesse a vantagem em relação ao rival.
“Não gostaria, mas se o presidente assim entende, eu, como funcionário, vou onde me mandarem. Eu queria o privilégio de jogar em casa. O percentual de jogar em casa é muito grande. O Corinthians depois da Arena perdeu um jogo para o Palmeiras e depois não perdeu mais nenhum jogo. Privilégio de jogar em casa você não pode perder. E jogar em uma casa neutra é diferente. Vendeu jogo para Manaus, São Luís, eu vou, mas eu não quero”.
“Se você for na minha casa, como visita, abrir a geladeira e pegar uma cerveja, você vai tomar um esporro. E no futebol funciona assim. Você respeita o adversário na casa dele. Não quero perder esse privilégio”, ressaltou.
Luxemburgo também sinalizou que o clube deveria se planejar melhor para construir o próprio estádio. “O Maracanã é a casa do Flamengo, embora seja uma casa emprestada. E eu acho que o Flamengo deveria ter uma casa”, observou.
A estreia do Flamengo no Brasileirão será neste domingo, às 16 horas (de Brasília), diante do São Paulo, no Morumbi.
Arte GE.Net
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