Paulo André, do Corinthians, foi o único atleta a participar do seminário sobre o calendário do futebol brasileiro, na Trevisan Escola de Negócios, em São Paulo. Admitindo ter uma visão mais crítica, o zagueiro do Timão fez um apelo aos que organizam o esporte no Brasil.

- São 52 semanas no ano. Então, além dos 52 domingos, são mais 26 quartas-feiras. Contando com quatro semanas de férias e mais quatro semanas de preparação, qualquer coisa que passar de 66 jogos é demais. Tem de pegar essas datas e pensar o que encaixar nelas. Quais os campeonatos mais importantes? E você vem de trás para frente fazendo a programação - disse ele.

Revelado pelo Guarani de Campinas, mas com a experiência de ter jogado a extinta sexta divisão do Paulistão pelo Taboão da Serra, o jogador do Timão deu opinião forte: acha que os clubes maiores não deveriam jogar os Estaduais.

- É uma questão complicada. Acho que tem de continuar fomentando o esporte e a profissionalização. Joguei a sexta divisão, se ela não existisse, talvez eu não estivesse hoje no Corinthians. Não acho que os Estaduais deveriam ter os clubes da Série A, B e talvez até a C - afirmou.

- Escutei muito isso na França: futebol demais mata o futebol. Quando eu voltei em 2009, comecei a tentar defender essas teorias, refazer essas contas. Temos um produto grandioso, mas temos de saber lidar com isso - finalizou ele.