16/5/2015 09:23
OFF - Contra opressão e sob represália, militantes antifascistas atuam no futebol
Inspirados em times de Alemanha e Itália, torcedores levam discussões e pautas políticas e sociais às arquibancadas. Movimento reclama da polícia e teme neonazismo
'Ame quem você quiser', diz faixa da torcida do St. Pauli (Foto: Divulgação)
Militância e futebol: assuntos cada vez mais próximos. Tanto em arquibancadas quanto em redes sociais, grupos de torcedores autointitulados antifascistas se reúnem Brasil afora para apoiar seus times e defender pautas políticas e sociais.
Na final do Campeonato Paulista, por exemplo, a torcida Palmeiras Antifascista se manifestou no Allianz Parque e pediu a redução do preço dos ingressos. Tais torcedores constantemente levam faixas ao estádio e protestam por diferentes causas antes e durante as partidas do Verdão.
O comportamento militante é similar ao da Ultras Resistência Coral, primeira torcida organizada antifascista do futebol brasileiro. O grupo de torcedores do Ferroviário (CE) foi criado em 2005, numa iniciativa de dois fãs do clube cearense: um anarxista, outro socialista.
– Nosso objetivo é, com teor politizado, atuar de forma a não reproduzir preconceitos da sociedade e a levar ideais anticapitalistas para dentro dos estádios – explicou Leonardo Carneiro, sociólogo, professor e integrante da Resistência Coral.
As pautas de torcidas antifascistas giram em torno do combate à opressão. Para tais torcedores, o futebol é um ambiente machista, homofóbico, racista e, nos últimos tempos, elitista. A intenção da Resistência Coral, da Palmeiras Antifascista e de outros grupos semelhantes é utilizar a modalidade para desconstruir pensamentos que afetem minorias.
– Estávamos num jogo no Pacaembu e vimos um palmeirense com um casaco de uma ultra fascista da Lazio. Percebemos que a torcida do Palmeiras tem muita gente que não é muito agradável de se ter em meio a uma torcida tão diversificada. Então surgiu a ideia – disse um dos criadores da Palmeiras Antifascista, que pediu para não ser identificado.
– A sociedade brasileira é muito conservadora. O futebol é reflexo disso, extremamente conservador. Parece andar mais devagar do que os outros ambientes. É muito importante o antifascismo como ideologia anti-intolerância ganhar força em todos os lugares para combater discursos de ódio e agressões a minorias – completou.
679 visitas - Fonte: LanceNet!
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