Se fora de campo o Flamengo deu alguns passos para se reerguer, o time tenta nesta quarta-feira, às 22h, contra o Bangu, em Volta Redonda, se recuperar dentro de campo. Por um lado, os dirigentes finalmente lançaram o programa sócio-torcedor e ainda conseguiram uma Certidão Negativa de Débito Federal (CND), importante para obter patrocínios estatais e financiamentos de projetos. Por outro, o técnico Jorginho tenta sua primeira vitória no comando do time, que precisa vencer para diminuir a pressão e continuar vivo na luta pelo título carioca.

“Essa partida é tudo ou nada. O objetivo é vencer as quatro rodadas para chegar confiante contra o Fluminense. O desespero é nosso, não é do Bangu. Temos de ter paciência”, disse Alex Silva.

Mais do que uma vitória, o Flamengo busca a confiança do torcedor. Sem vencer há três partidas, o time sabe que os resultados dentro do campo podem influenciar no sucesso dos projetos para recuperar o clube, como o sócio-torcedor, lançado nesta terça com seis categorias, que variam de R$ 39,90 a R$ 199,90.

“É um programa que nos vai fazer sair do buraco”, afirmou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

O primeiro grande projeto de marketing da nova gestão conta com Zico como garoto-propaganda e tem como objetivo arrecadar de R$ 140 milhões e R$ 600 milhões por ano. O Flamengo ainda tem planos ambiciosos para alcançar 200 mil sócios apenas em 2013, superando o Internacional, clube com mais sócios no Brasil. Só que esses números dependem diretamente do desempenho da equipe.

“O programa é uma junção das maiores experiências que temos no Brasil. É um plano que precisa ser melhor para o clube do que para os torcedores. O Flamengo precisa se fortalecer para ser grande”, afirmou o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista.

PATROCÍNIO MAIS PERTO

Em outra frente, o Flamengo também teve vitória importante ao obter a CND relativa a débitos de tributos federais e dívida com a União. Ainda faltam outras certidões para o clube ter condições de receber investimentos para o CT e outros esportes, além de conseguir um patrocínio estatal, como o da Caixa, que ofereceu R$ 35 milhões no início do ano. O Fla não aceitou, pois ficaria com o dinheiro retido. A proposta ainda segue à espera das certidões.