O Flamengo precisa se impor como um gigante que é. Mas não digo isso apenas no trabalho de austeridade financeira, que tem suas vantagens e merece elogios, mas dentro de campo. A camisa rubro-negra é o maior patrimônio deste clube, não pode ser relegada a jogadores sem alma e fracos tecnicamente. Flamengo precisa ser Flamengo, seja qual for a situação. Simples.

Bato sempre na tecla de que o torcedor não pode se acomodar. Economizar e pagar contas, é claro, faz com que o clube fique mais reticente em contratações. Mas será que com o dinheiro gasto com Mugni, Bressan, Gabriel e outros que mais atrapalham do que ajudam não seria possível trazer um jogador que pelo menos honrasse mais as tradições flamenguistas?

Entendo a falta de grana. O que não consigo aceitar é o sentimento de passividade que enxergo ao ver esse Flamengo em campo. Salvo por Paulo Victor, Everton e alguns poucos, o time é muito moroso. Isso, é claro, motivado pelo trabalho diário com Vanderlei Luxemburgo, que não tem agradado nem mais à diretoria. Alexandre Wrobel, vice de futebol, já mostrou que não está gostando nada da postura do elenco no Campeonato Brasileiro.
É a hora da virada.

Enfrentar o Avaí, na Ressacada, é sempre complicado para o Flamengo. Foram quatro jogos na história, apenas uma vitória do Flamengo, em 1974, duas derrotas e um empate. Vencer um jogo desses com autoridade pode fazer com que o time ganhe força no Brasileirão. Mas para que isso aconteça muita coisa precisa mudar, principalmente a postura.