Alan Patrick acertou com o Flamengo
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Rio - Alan Patrick não reluz como ouro. Mas pode ser, segundo Cristóvão Borges, o novo dono do maior tesouro da Gávea: a camisa 10. Se no garimpo que fez no mercado, o Flamengo encontrou Paolo Guerrero para ser a joia da coroa, além de estar próximo de acertar com Emerson Sheik, o meia e o lateral-direito Ayrton, que chegam do Palmeiras e serão apresentados, nesta sexta, no Ninho do Urubu, são de quilate mais modesto. O treinador, porém, sabe que, no futebol, uma pedra bruta, se bem lapidada, tem chance de brilhar.

“Ele pode ser (o camisa 10). Você contrata o jogador, ele chega, se identifica, se adapta bem e acontece. Ele tem qualidade para isso. Tomara que se sinta bem e consiga jogar o que a gente sabe que ele pode”, afirmou, ontem, no Ninho do Urubu, embora tenha ressaltado que Alan Patrick é meia-atacante por característica.

O meia, de 24 anos,e Ayrton, de 30, assinaram contrato de empréstimo com o Flamengo até o final do ano. O primeiro foi revelado pelo Santos e depois passou por Shakhtar Donetsk, da Ucrânia e Internacional, antes de defender o Palmeiras. Já o outro começou no Londrina e seguiu carreira por Coritiba, Lokomotiv, da Rússia, Bahia, Botafogo-SP e Avaí. Há dois anos no Verdão, esteve emprestado ao Vitória em 2014.

“O Ayrton é um lateral de boa qualidade técnica, bate bem na bola e e isso é um diferencial, decide muito”, analisou o treinador rubro-negro, que disse ter sido consultado pela diretoria sobre a contratação da dupla: “Sempre serei.”

Agora, o Flamengo aguarda a rescisão de Emerson Sheik com o Corinthians para finalizar o negócio. Os termos estão apalavrados, mas o empresário do atacante, Reinaldo Pitta, cauteloso, quer primeiro ver se não há diferença entre o acordo verbal e o que foi para o papel, antes de anunciar o distrato.
Amanhã, contra o Internacional, na Arena Corinthians, o jogador será homenageado pelo clube paulista. A expectativa é que a rescisão já esteja pronta para ser assinada na segunda-feira.

Por ora, Cristóvão tenta encontrar, na mina rubro-negra, uma forma de, amanhã, contra o Coritiba, fazer seu time vencer e brilhar pela segunda vez no Brasileiro.

CRISTÓVÃO MANTÉM TIME, MAS DIZ QUE PODE MUDAR DE IDEIA

Cristóvão Borges repetiu, ontem, em treino tático, no Ninho do Urubu, a formação testada no coletivo da véspera, com Everton no lugar de Marcelo Cirino. Mas o treinador garante que pode mudar de ideia até amanhã, quando o time enfrenta o Coritiba, às 16h30, no Couto Pereira.

“Ainda não defini. Cirino jogou duas partidas, já o conheço e sei o que posso fazer. Trabalhei de uma outra forma, pois o Coritiba trocou o treinador (Ney Franco estreia amanhã) e tem indefinições”, disse Cristóvão, que emendou: “Ele e Paulinho são jogadores que vêm de um período de inatividade grande. O Cirino não tem aguentado jogar 90 minutos, atua em ritmo alto, de velocidade.”

A primeira semana só de treinos foi proveitosa, segundo o treinador, que afirma precisar de mais tempo: “Estou procurando ver o que temos de virtudes e corrigir nossas deficiências.”