Em reunião nesta segunda-feira, a CBF voltará a reunir os clubes para discutir a MP do Futebol. A intenção da diretoria da confederação é lançar um documento com propostas para alterações para o projeto de lei em discussão no Congresso até terça-feira. A intenção é negociar ao contrário da postura beligerante inicial de tentar impôr mudanças pela bancada da bola.

O discurso da CBF mudou após o escândalo que levou à prisão de seu vice-presidente José Maria Marin. Questionado na quinta-feira, o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, continuou a reclamar das medidas que chama de intervencionista do governo, mas não atacou o texto inteiro.

“Há pontos a discutir e pretendemos fechar um pacote de sugestão para ser entregue na terça-feira'', contou o dirigente, que rechaçou uma oposição completa ao governo. A CBF até aprovou a limitação de mandatos de dirigente. Só que ainda resiste a qualquer alteração em seu colégio eleitoral, o que é determinado na MP.

O primeiro pacote de propostas feito por clubes e pela CBF depois de outra reunião na entidade era mais radical, e não foi bem aceito na Câmara. Não aceitava nenhuma das medidas impostas pelo governo federal, e queria ainda melhorar as condições do financiamento.

A radicalização deixou a MP parada. O governo não abria mão de nenhum artigo, e os times não aderiram o que estava ali. Ou seja, não havia negociação. Se isso não mudar, a MP morre ao final de sua validade, e os clubes ficam sem nenhum financiamento.