A imagem do goleiro Paulo Victor sendo transportado em um carrinho de obras após sofrer fratura na perna direita no treino da última terça-feira expôs a precariedade do CT do Flamengo, em Vargem Grande. A falta de estrutura do local, inclusive, foi alvo de críticas do técnico Vanderlei Luxemburgo ao ser demitido no final de maio.

No local de treinos, o clube possui quatro carros com macas, cedidos pela Gatorade em 2013. O problema é que três deles foram levados para conserto e não estão no CT. O outro, que ainda está no local de treinos, estava em manutenção no dia em que o goleiro de machucou. Nesta quarta-feira, já funcionava normalmente.

Se a imagem do goleiro titular do Flamengo sendo carregado em um carrinho de obras foi impactante, o procedimento não colocou em risco a saúde do jogador. Segundo o chefe do departamento médico do Flamengo. José Luiz Runco, a atitude tomada pelo profissional que estava no treino - Dr. Márcio Tannure - foi a mais adequada para a realidade enfrentada no momento.

"O Márcio [Tannure] fez o que era preciso no momento, pela pressa que havia em levar o Paulo Victor para a sala do departamento médico. Não havia alternativa. E o nosso médico sabia que aquele ato não comprometeria a saúde do atleta", explicou Runco.

Paulo Victor sofreu fratura na fíbula direita e desfalcará o Flamengo por no mínimo 40 dias. A tendência é a de que o camisa 48 não atue nas próximas nove rodadas do Campeonato Brasileiro.

A reportagem do UOL Esporte procurou o vice-presidente de administração Cláudio Pracownik através da assessoria de imprensa do Flamengo. Mas o dirigente não respondeu às perguntas até a publicação da matéria.