Lista de vitórias: os 10 canecos de Carlinhos com o Flamengo

23/6/2015 07:37

Lista de vitórias: os 10 canecos de Carlinhos com o Flamengo

Ídolo foi três vezes campeão como jogador e sete como treinador, uma delas com participação brevíssima, em 1983

Lista de vitórias: os 10 canecos de Carlinhos com o Flamengo
Carlinhos ao lado do seu busto na Gávea em 2008 (Foto: Divulgação/ Flamengo.com.br)

Reconhecidamente apreciador de um bom chopp, Carlinhos, que morreu nesta segunda-feira, gostava mesmo era de um caneco. Foram dez oficiais como profissional do Flamengo, três na condição de jogador e os outros sete no comando - ainda conquistou quatro turnos: Taças Guanabara de 1988 e 1999 e as Taças Rio de 1991 e 2000. Como atleta, importante na conquista do primeiro e único Rio-São Paulo do clube. Protagonizou também os triunfos nos Cariocas de 1963 e 1965.

As diversas funções assumidas no controle das divisões da base o transformaram num useiro e vezeiro apostador em garotos do clube quando virou treinador. Em 1987, acreditou no jovem Leonardo para ser titular na campanha do tetra brasileiro. Quatro anos depois, fez de Júnior Baiano, Piá, Fabinho, Marquinhos, Marcelinho, Djalminha e Paulo Nunes peças cruciais para a conquista de mais um nacional e outro estadual. A fórmula foi repetida em 1999.

Carlinhos faleceu de insuficiência cardíaca nesta segunda-feira, aos 77 anos, após enfrentar problemas de saúde já há alguns anos. O velório acontecerá nesta terça-feira, entre 10h e 14h, na Gávea.



Em seu primeiro título como jogador, participou de todos os 12 jogos da campanha vitoriosa do Flamengo. A competição contou com goleada por 5 a 1 do Flamengo sobre o Santos de Pelé, mas é bom destacar que o Rei do Futebol não estava em campo. Carlinhos fez um gol no torneio, na vitória por 2 a 1 sobre o América. A conquista veio com vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians na rodada final. Dida e Joel marcaram.



Página do caderno de esporte do O Globo de 63 festeja o título carioca daquele ano (Foto: Reprodução O Globo de 63)

Já consolidado como o Violino da Gávea, Carlinhos jogou 19 dos 24 jogos do Flamengo na campanha do 14º Carioca do Flamengo. Marcou na penúltima rodada o primeiro na vitória por 2 a 1 sobre o Olaria, resutaldo que deu ao Rubro-Negro a vantagem do empate para a partida derradeira, contra o Fluminense. Resenha de "O Globo" do dia seguinte ao jogo na Bariri considerou o meio-campo como o "mais brilhante" dos 22 "players". Já em "O Globo" de 16 de dezembro, posterior ao empate por 0 a 0 no Fla-Flu que garantiu o caneco, Carlinhos foi destacado na capa. No interior do jornal, deu seu recado. O jogo em questão registrou o maior público pagante entre clubes da história do futebol: 177 mil pessoas.

- Seria demais que voltássemos novamente esse ano para um vestiário triste como foi o do jogo com o Botafogo. O vestiário é o mesmo, mas o ambiente é bem diverso. Estou feliz, pois esse é um título que não tenho. Apesar de muitas coisas que aconteceram durante o desenrolar do campeonato, após esse grande triunfo esquecemos tudo.



Carlinhos teve participação expressiva em seu último título oficial pelo clube. Não fez gols, mas perdeu apenas duas das 14 partidas na competição. O Flamengo foi campeão sem entrar em campo. Um dia antes do derradeiro duelo entre Flamengo e Botafogo, o Flu, derrotado pelos rubro-negros na penúltima rodada, venceu o Bangu e garantiu o caneco ao Fla, que perdeu por 1 a 0 para o Bota em seu último compromisso.



Embora os louros da terceira conquista do Flamengo no Campeonato Brasileiro sejam direcionados a Carlos Alberto Torres, o xará Carlinhos dirigiu interinamente o Rubro-Negro nos empates com Palmeiras (1 a 1) e Americano (2 a 2) e na vitória por 2 a 0 sobre o Goiás.



O ano de 1987 foi o ano da afirmação como técnico. Após Sebastião Lazaroni ser demitido, dirigiu o time seis vezes no Carioca, mas não foi efetivado - Antonio Lopes fora contratado. Cinco meses depois, após estrear com derrota no Brasileiro, Lopes caiu. Carlinhos assumiu na segunda rodada, venceu o Vasco por 2 a 1 e conduziu o Flamengo ao tetracampeonato. Renato Gaúcho, Bebeto e Zico foram os protagonistas de um elenco que contou com dez de seus jogadores que vestiram a camisa da seleção principal e cinco que fizeram parte do elenco do tetra mundial do Brasil, em 94.



Sua segunda passagem pelo Flamengo como efetivado deu-se em 1991, substituindo o à época promissor Vanderlei Luxemburgo. Apostou na geração campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 90, mesclando-a com a liderança dos experientes Júnior e Gilmar. Descobriu nova posição para Charles Guerreiro, que chegara à Gávea como volante e virou lateral-direito por suas mãos. Foi campeão carioca em dezembro de 91 e conquistou o penta brasileiro em 1992, ano no qual Vasco, Botafogo e São Paulo eram considerados bem superiores ao Rubro-Negro.



Após passagem apagada pelo clube em 1994, voltou cinco anos depois para substituir o também ídolo Evaristo de Macedo. Embora tivesse em Romário sua principal estrela, foi fundamental para a consolidação dos pratas da casa Juan, Athirson e Reinaldo. Levou a Taça Guanabara e o Carioca em finais contra o Vasco, adversário com time tecnicamente superior e que o Flamengo não batia desde 1997.



Outro coelho tirado da cartola por Carlinhos foi o meia-atacante Lê. Embora tenha se profissionalizado em 1997, o garoto ganhou espaço mesmo com o Violino. Já sem Romário, dispensado pelo então presidente Edmundo Santos Silva após a eliminação no Brasileiro, Carlinhos botou Lê na semifinal contra o Peñarol e na finalíssima diante do Palmeiras. Resultado: dois gols, um contra os uruguaios e o que garantiu mais uma faixa no peito do ídolo, o do empate por 3 a 3 com o Verdão.



O Flamengo resolveu trocar de comando na virada do ano, e Paulo César Carpegiani, campeão do mundo em 81, foi convocado. Durou até a goleada por 5 a 1 para o Vasco, em jogo que ficou conhecido como o Chocolate da Páscoa. Carlinhos, após cinco meses fora da Gávea, voltou e levou ao Rubro-Negro ao bi. E o melhor: devolveu o chocolate em duas parcelas, com vitórias por 3 a 0 e 2 a 1 na decisão do campeonato.

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