Antes do Clássico dos Milhões, Pará lembra zoações com o pai, vascaíno

24/6/2015 19:15

Antes do Clássico dos Milhões, Pará lembra zoações com o pai, vascaíno

A quatro dias do Flamengo x Vasco, lateral-direito pede paciência à torcida, esclarece episódio em que foi flagrado com cerveja na mão e projeta títulos com o Rubro-Negro

Antes do Clássico dos Milhões, Pará lembra zoações com o pai, vascaíno
Seu Antônio, pai de Pará, é o único vascaíno da família do lateral-direito do Flamengo (Foto: Divulgação)

Pará vem sofrendo marcação cerrada da torcida que garante sempre ter feito parte. Filho da rubro-negra Jaidê e do vascaíno Antônio, pendeu para o lado da mãe. Hoje, a mais de 2.000 km da terra natal, São João do Araguaia (PA), vive um misto de sentimentos. Alegra-se com a realização do próprio sonho e da maioria dos parentes, todavia revela frustração com corriqueiros protestos que julga injustos. O lateral-direito, de 29 anos, já foi vaiado algumas vezes durante os primeiros tempos dos jogos.

- Todo mundo sabe que sou flamenguista de coração, deixei isso bem claro na minha apresentação. Estou realizando um sonho de vestir essa camiseta e sei que com essas situações tenho que ter cabeça boa. Acho que estou tendo uma regularidade legal, não estou fazendo jogos ruins. O professor e os companheiros acham o mesmo. Fico um pouco frustrado com a torcida pegando no meu pé sem ter motivo maior. Procuro fazer meu melhor, mas infelizmente não está acontecendo. E, quando os resultados não estão aparecendo, fica mais difícil. Peço um pouco mais de paciência. Vou continuar trabalhando, de cabeça boa e tranquila, porque com certeza o torcedor que hoje me vaia me aplaudirá na frente - afirmou o jogador de 29 anos, vaiado sobretudo no Fla-Flu do Brasileiro, em que cometeu pênalti e fez um gol contra.

Ao chegar à Gávea, Marcos Rogério Ricci Lopes, o Pará, disse que já chegou a brigar por causa do amor pelo Flamengo. E a briga, saudável, é claro, começava dentro de casa. Bastava o Rubro-Negro vencer o arquirrival para Seu Antônio, conhecido como Netão, sofrer com o filho.

- Vixe, você é louco (risos). Flamengo e Vasco lá em casa e eu deixava meu pai louco. Ficava até um dia sem falar comigo. Quando tem Flamengo e Vasco, ele me liga me perturbando, dizendo que o Flamengo não vai fazer isso ou aquilo. Lá no Norte e no Nordeste o pessoal é muito fanático. E lá ou é Flamengo ou é Vasco, não tem outra coisa. Na família tem esse problema aí (risos) - disse, referindo-se ao pai vascaíno.

Ainda em relação à falta de paciência da torcida consigo, Pará passou a sofrer mais questionamentos ao aparecer em foto na qual ostentava uma garrafa de cerveja ao lado de Anderson Pico, Everton, Marcelo Cirino e Paulinho, que comemorava seus 27 anos, no último dia 14. O lateral admite o erro e promete não se expor dessa maneira.

- Ali foi o seguinte: a gente jogou no sábado contra o Coritiba, e o domingo foi de folga. Isso aconteceu no aniversário do Paulinho. Na primeira foto que tiraram, a gente tinha acabado de entrar na festa e não imaginava que daria aquela repercussão toda. Mas dá para entender também. A gente não pode ficar se expondo, ainda mais por não estar vindo de resultados legais. Somos pessoas públicas. É cabeça tranquila. Nos reunimos e falamos que temos que ser homens. A gente errou, mas não vai mais cometer esse tipo de erro.

Confira outros trechos do bate-papo com Pará:

Você disse ser rubro-negro de coração. Todo mundo da sua família é, ou tem alguém que torça para um rival? Tem algum vascaíno para você mexer ou aturar depois do jogo de domingo?

Pior que minha família inteira é flamenguista, mas meu pai é vascaíno. O nome dele é Antônio, mas é conhecido como Netão (risos).

Ele certamente tentou te fazer vascaíno. Como virou Flamengo?

Nem sei te responder direito. Quando vi o Flamengo jogar uma das primeiras vezes, disse: "Meu time é esse daí". Minha mãe era flamenguista, meus tios são flamenguistas. Fui mais com o pensamento de que o Flamengo era melhor do que o Vasco. Pequeninho vi que era meu time, mas depois peguei um amor pelo clube... Você é louco! E lá no Norte o bicho pega. Todo mundo é Flamengo lá em casa, só meu pai que é vascaíno não sei o porquê, mas ele gosta (risos).

Já que você é tão torcedor, o que pediria para a torcida? De rubro-negro para rubro-negro?

O que peço no momento é um pouco mais de paciência. Estou recém-chegado ao clube, vai fazer cinco meses. Sei que a torcida não quer saber, quer resultado. Tenho certeza que vou dar a volta por cima, é questão de tempo. Vou dar muita alegria ao torcedor do Flamengo e, para isso, vou dar o dobro. Por onde passei nunca foi nada fácil e aqui no Flamengo não está sendo diferente. Peço paciência.

Acha que jogar na lateral esquerda - posição que ocupa desde o jogo contra o Cruzeiro -, te atrapalha?

Todo mundo fala que minha função é a lateral direita. Até comecei no meio-campo, mas logo fui deslocado para a lateral. Todo mundo sabe que sou lateral-direito, mas quando o treinador pergunta se posso fazer aquela função (que já executou tanto com Luxemburgo quanto com Cristóvão), claro que vou falar que sim. Quero é estar em campo, dar o meu melhor e fazer alguma coisa diferente para ajudar o Flamengo. Quando o resultado não vem, a torcida pega no pé, mas eu deixo bem claro: independentemente da posição, quero jogar e fazer coisas diferentes para tudo voltar ao normal.

Você garante que dará a volta por cima. O que se vê conquistando com a camisa do Fla?

Brasileiro é muito difícil, muito nivelado, e o que a gente comenta aqui no clube é que a gente tem tudo para conseguir ser campeão da Copa do Brasil. Me vejo levantando essa taça e vou ficar marcado. Mas nem no Brasileiro tem parada perdida. Já se passaram oito rodadas, mas não vamos jogar a toalha. É fazer partida por partida, porque muita coisa vai acontecer e vamos em busca desse título.

Disse que perdeu sua mãe. Como herdou a paixão pelo Flamengo dela? Pensa em ganhar algo e oferecer à ela?

Foi no final do passado, teve um infarto. Com certeza (pensa em homenageá-la). Eu estou realizando não só o meu sonho, mas o dela. Ela não me viu com a camisa do Flamengo, aliás está vendo mas não aqui. Tenho certeza de que de outra planeta ou de algum outro lugar ela está acompanhando e quero dedicar algo à ela, sim.

2692 visitas - Fonte: Globoesporte


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