Jogo a Jogo: de tão parelho, Brasileiro tem liderança compartilhada por três

6/7/2015 07:42

Jogo a Jogo: de tão parelho, Brasileiro tem liderança compartilhada por três

Atlético-MG, Grêmio e Sport ficam empatados na ponta, enquanto Santos, em queda livre, entra na zona de rebaixamento. Galo e Tricolor gaúcho impressionam

Jogo a Jogo: de tão parelho, Brasileiro tem liderança compartilhada por três
O clichê grita: "O Brasileirão é marcado pelo equilíbrio!". Bom, não será a tabela que se prestará a discordar disso ao término da 11ª rodada. O campeonato tem a liderança compartilhada, em pontos, por três equipes: Atlético-MG, Grêmio e Sport. A ponta, espremidos os critérios de desempate, é do Galo, que supera o Tricolor no saldo de gols - e ambos têm uma vitória a mais do que os pernambucanos.

Os dois primeiros colocados tiveram as vitórias mais impressionantes da rodada - ambas por 3 a 1, ambas fora de casa: contra Inter e Santos, respectivamente. O Atlético se consolida como grande candidato ao título, mas aí não há surpresa alguma. A novidade está no Grêmio. E novidade em mais de um sentido. Na semana em que se completa um ano do 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil (quarta, dia 8), é interessante ver Roger, 40 anos, pouco mais de uma temporada como treinador, revolucionando a equipe gaúcha - antes de ele chegar, treinada justamente por Felipão, o técnico da Seleção no fiasco da Copa.

O Sport, que também tem um comandante jovem (Eduardo Baptista, 45 anos), outro que também virou treinador ano passado, se mantém como único invicto do campeonato. Buscou o empate com o Avaí no finzinho do jogo, de pênalti. Mas acabou alcançado por Galo e Grêmio.

No rebaixamento, a turma da degola deu boas-vindas ao Santos, em queda livre no campeonato. Mas o Flamengo não se desapegou da zona, como mostrou a derrota de 2 a 1 para o Figueirense no Maracanã.



O jogo em 140 caracteres
O 0 a 0 resume os dois times. Nas últimas três rodadas, eles, somados, fizeram só um gol - do Coritiba. O JEC tem o pior ataque: 4 gols.

Lúcio Flávio errou 11 passes na partida. Foi disparado o pior no quesito - Rodrigo Ramos, Henrique e Welinton erraram cinco.

O Joinville jamais venceu o Coritiba pelo Brasileirão. Agora são cinco jogos, com três vitórias do Coxa e dois empates.


É duro saber o que é mais preocupante no CORITIBA: ser incapaz de vencer o pior time do campeonato em casa ou ser capaz de ser dominado por ele em parte do jogo, como aconteceu no segundo tempo. O Coxa veste a roupa do rebaixamento ao perder um gol feito, como Rafhael Lucas perdeu no primeiro tempo; ao ter Lúcio Flávio, 36 anos, como núcleo do time; ao ver Wellington Paulista sair para o Fluminense; ao sair vaiado pela torcida já no começo do segundo tempo, por ela não encontrar qualquer perspectiva em campo - e Negueba entrar para resolver não é exatamente alentador. Ainda dá tempo para reagir, houve alguma evolução desde a chegada de Ney Franco, mas o torcedor tem mais motivos para alimentar temores do que esperanças.


O segundo tempo do jogo contra o Coritiba é o exemplo do que o JOINVILLE deveria fazer no Campeonato Brasileiro. E o primeiro tempo é modelar daquilo que ele vem fazendo - equivocadamente. O JEC só foi chutar a gol contra o Coxa aos 19 minutos do segundo tempo, depois de mais de uma hora de atuação medrosa. O time catarinense, talvez por ser o maior novato da competição, parece levar a campo algum complexo de inferioridade, como se sempre se sentisse menor do que o adversário. Mostra mais do que respeito aos oponentes: escancara temor. Por isso, e pela limitação de seu elenco, é o lanterna e o principal candidato ao rebaixamento no Brasileirão. O único caminho para o JEC se salvar é ser mais agressivo - o que não significa, necessariamente, se tornar mais frágil na defesa. A segunda etapa no Couto Pereira foi assim. Não é impossível, portanto.



O jogo em 140 caracteres
Marinho, aquele da entrevista hilária, teve grande estreia no Cruzeiro. Entrou voando, fez gol e ainda levou a falta da expulsão de Walter.

Otávio, volante do Atlético-PR, teve boa atuação. Só errou um dos 32 passes que deu. Teve quatro roubadas de bola e cinco desarmes.

Arrascaeta, o nome do jogo, com um gol e o passe para o outro, levou a maior nota no Troféu Armando Nogueira: 8,0.


Armas todos os times têm. O segredo é saber combiná-las, como fez o CRUZEIRO na importante vitória sobre o Atlético-PR. A grande atuação de Arrascaeta, com um gol e o passe para o outro, se explica também pela boa presença dos laterais na partida - em especial Fabrício. Eles fizeram a marcação adversária se espalhar - e, com isso, sobrou espaço para o uruguaio flutuar pelo meio e inclusive buscar as alas do campo, pendendo para a esquerda (a ponto de ele alçar sete bolas na área, mais do que os dois laterais somados - duas cada). Isso é estratégia de jogo - recomendação de Luxemburgo, que volta a comandar o time em uma vitória depois de três derrotas preocupantes. O Cruzeiro, em ano de reconstrução, ainda não se apresenta como postulante ao título, mas dá sinais de que chegar lá pode não ser utopia.


Dos cinco jogos que fez como visitante no Campeonato Brasileiro, o ATLÉTICO-PR perdeu quatro. Só ganhou do Joinville. Fez quatro gols, levou nove. Não é campanha de quem pretende brigar pelas primeiras colocações. Por vezes, times muito fortes em casa, como é o caso do Furacão, têm como reflexo a fragilidade fora. Na rodada anterior, ao vencer o São Paulo em Curitiba, o time rubro-negro teve oito chances reais de gol. Contra o Cruzeiro, foram apenas duas. Isso mostra a bipolaridade da equipe. O Atlético faz boa campanha, se pensarmos no cenário que se apresentava depois do risco de rebaixamento no Paranaense. Tem peças interessantes - muito bem simbolizadas no volante Otávio. Mas o Furacão ainda não é um time regular. E o campeonato exige regularidade.



O jogo em 140 caracteres
Foi a primeira partida oficial entre as duas equipes. Antes, haviam se enfrentado em amistoso em 1978, com 3 a 1 para o Vasco.

Com ingresso mínimo a R$ 100,00 e frio de 5°C, o jogo teve pouco público na Arena Condá: 4.349 pessoas.

A Chape, com 16 pontos (9º), é o melhor catarinense do Brasileiro, e o Vasco, com nove (18º), segue como pior carioca.


O mais animador, para a torcida da CHAPECOENSE, é perceber que a boa campanha do clube no Brasileirão não é construída com vitórias ocasionais. Lembremos da estreia: 2 a 1 sobre o Coritiba depois de sair perdendo, com calma para buscar a virada; contra o Santos: capacidade para anular um adversário com mais posse de bola e, com objetividade, buscar o gol; contra o Joinville: superioridade e imposição; diante do Cruzeiro: muito poder de marcação e triunfo com gol de falta no Mineirão. E, por fim, maturidade para martelar o Vasco, com um jogador a menos desde o começo do segundo tempo, até encontrar o gol - depois de já ser superior na primeira etapa. Teve 64% de posse e 19 finalizações - muito superior ao oponente. A Chape tem os pés no chão, sabe até onde pode ir, e aí está a base de sua caminhada firme no campeonato.


Celso Roth entende que é preciso estruturar bem uma equipe, deixando-a sólida defensivamente, para aí otimizar a evolução ofensiva - buscar a segunda tarefa sem cumprir a primeira antes pode atropelar tudo. A derrota para a Chapecoense é bem representativa disso. Até ter Christiano expulso, no começo do segundo tempo, o VASCO conseguiu se virar defensivamente - como fizera nos dois primeiros jogos com o novo técnico, em que venceu sem sofrer gols. Mas aí, com um a menos, não teve como: acabou vazado em gol de bicicleta de Neto. E, enquanto isso, foi quase nulo ofensivamente. Sabe-se lá o que Roth vai conseguir fazer com o Vasco - quando e se ele vai tornar o time mais agressivo. Mas o treinador, acima de tudo, parece ciente de que tem uma equipe muito limitada. Já é alguma coisa.



O jogo em 140 caracteres
O Sport se mantém como único invicto do Brasileirão. Em seu quinto jogo como visitante, alcançou o quinto empate.

O Avaí chegará a um mês sem vitórias. Não ganha desde 7 de junho, quando fez 1 a 0 no Goiás pelo Brasileiro.

Foi o jogo das 11h de domingo com menos pagantes no Brasileirão: apenas 5.787. O público total foi de 8.116 pessoas.


Cinco partidas sem vitórias no Brasileirão, com apenas três pontos conquistados no período, servem como alerta: algo não vai bem no Leão. O começo de campeonato, depois de um estadual apavorante, até que foi alentador para a equipe da Ressacada, mas agora a realidade parece bater novamente à porta do AVAÍ. Era jogo para vencer - não apenas vencer: vencer o líder e usar isso como combustível. O Sport não esteve no mesmo nível de outros jogos, e certamente isso também é mérito do Avaí. Foi um pecado ceder o empate no fim, em pênalti bobo de Jubal - reclamado como inexistente pelos catarinenses. Caíram no lixo dois pontos que poderão fazer muita falta na frente, visto que o Avaí tende a passar o campeonato sempre no limite, se equilibrando na lâmina da navalha. O elenco é econômico, e aí se torna natural que pague o preço quando fica sem titulares do porte de Marquinhos e da dupla de zaga, Antônio Carlos e Emerson, como aconteceu nesta manhã de domingo.


Talvez tenha sido o pior jogo do SPORT no Campeonato Brasileiro - o que não significa, necessariamente, que tenha sido um mau jogo do time pernambucano. O Leão baixou o ritmo, não foi tão elétrico quanto em outras jornadas (em especial a vitória de 3 a 0 sobre o Inter, na rodada anterior). Correu risco de levar a primeira derrota - evitada no fim graças à esperteza de André, que anteviu o carrinho de Jubal e soube sofrer o pênalti, convertido por ele mesmo. Antes disso, o time mostrou desatenção após abrir o placar e permitir a reação adversária. Teve falhas, portanto. Mas quem não tem? Buscar um empate fora de casa mesmo não jogando tão bem é mais um elemento que ajuda a explicar a grande campanha do Leão no Brasileiro. Outro ponto importante é a capacidade de reagir bem às mudanças que a equipe sofre - não teve Diego Souza e Wendel contra o Inter, por exemplo, e agora terá desafio parecido ao visitar o Atlético-MG na quarta-feira: André, muito bem no time, está fora.



O jogo em 140 caracteres
Funcionou o sistema de marcação do Fluminense na partida: foram 51 desarmes, com destaque para os 11 de Antônio Carlos.

Em jogo sem grandes individualidades, Edson, do Flu, levou a melhor nota do Troféu Armando Nogueira: 7,0.

Depois de quatro vitórias no Morumbi, o São Paulo amarga o segundo empate seguido em casa no Brasileirão.


O SÃO PAULO vive momento de forte instabilidade no campeonato. O empate com o Fluminense foi o quarto jogo seguido sem vitórias, em uma realidade que escancara a irregularidade de um clube que virou sinônimo de sucesso no Brasileiro nos últimos anos aplicando justamente o contrário - a regularidade. Acontece que o a equipe do Morumbi ainda depende muito da individualidade de figuras como Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato, e neles sempre reside enorme incerteza. A isso, alia-se a turbulência interna do clube, com salários atrasados e até cobranças públicas sobre a diretoria - caso recente de Michel Bastos. Juan Carlos Osorio precisa de tempo para trabalhar - para que possa dar à equipe o que mais é carente nela: repetição, sistemática de jogo. Contra o Flu, faltou maior capricho na finalização para transformar em vitória a superioridade apresentada sobretudo no segundo tempo.


Empatar com o São Paulo no Morumbi costuma ser boa notícia. No caso do FLUMINENSE, que vinha de três vitórias seguidas no Brasileirão, é ainda mais. O Tricolor referendou o bom momento que vive no campeonato ao cumprir sua premissa inicial: segurar o adversário, que só conseguiu pressionar de verdade, assustando a defesa carioca, na parte final do jogo. Faltou, porém, maior capacidade de agressão ao Flu - evidenciada na baixa participação de Fred na partida. Conforme avança o campeonato, mais fica notório que a chegada de Enderson Moreira fez bem ao Tricolor. Não há motivos para grande empolgação, mas a equipe conseguiu se assentar. A lembrança de partidas como a goleada de 4 a 1 sofrida para o Atlético-MG na segunda rodada, com atuação assustadora, faz com que o novo momento do Fluminense mereça ser valorizado.



O jogo em 140 caracteres
Esta foi apenas a segunda vez, em 21 jogos, que o Grêmio venceu o Santos na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro.

Ricardo Oliveira se isolou ainda mais na artilharia do Campeonato Brasileiro. Fez o gol de honra do Santos e chegou a sete na competição.

O Santos, com 17 gols sofridos, tem a pior defesa do Brasileirão. Foi a segunda vez que levou três gols - antes, no 3 a 2 para o São Paulo.


A pobreza do elenco do SANTOS não é culpa do técnico Marcelo Fernandes, mas a passividade dele, sim. Quando se tem um time tão jovem, e quando esse time não rende, é preciso fazer com que ele jogue no limite - e não foi exatamente isso que o Peixe mostrou nas últimas rodadas, marcadas por postura insossa. Essa combinação é fatal, e não é por acaso que o Santos agora está na zona de rebaixamento. Talvez seja preciso mudar o treinador para dar um choque na equipe. Nem a Vila Belmiro tem surtido efeito - foram duas vitórias nela nos cinco jogos disputados lá no Brasileirão. Contra o Grêmio, o que era ruim ficou pior com a expulsão de Geuvânio aos 28 minutos do primeiro tempo - quando os gaúchos já venciam por 1 a 0. Ele levou o segundo amarelo ao entrar em campo, supostamente, sem autorização do árbitro, mas os santistas alegam que ele foi liberado. Com um a menos, o Santos foi dominado pelo Grêmio. Teve menos posse (46% a 54%) e bem menos finalizações - sete contra 18.


É pouco dizer que foi uma grande partida do GRÊMIO. Também é pouco dizer que foi uma das melhores atuações do Grêmio no campeonato. Foi mais do que isso: foi uma das melhores atuações de qualquer equipe em todo o campeonato. A impressionante evolução colocada em prática por Roger foi simbolizada na vitória sobre o Santos: enorme senso coletivo, com movimentos orquestrados, e individualidades em alta. Um bom exemplo do que Roger vem fazendo: ele conseguiu tirar melhor futebol de Luan, 22 anos, e também de Douglas, 33 - dos mais jovens aos mais veteranos, todos cresceram com o novo treinador. São cinco vitórias seguidas no campeonato. Nenhuma exuberante, porque ser exuberante não é prioridade no Grêmio, mas todas com alto grau de eficiência. O Tricolor das primeiras rodadas, ainda com Felipão de técnico, tinha cara de rebaixado. O Tricolor de Roger, tão pouco tempo depois, joga com personalidade de campeão - embora seja impossível, nesse momento, prever se ele terá fôlego para seguir no topo. É justo que o Grêmio esteja entre os líderes. E é justo porque foi dele o maior acerto do ano: apostar em Roger.



O jogo em 140 caracteres
O Goiás chegou a oito partidas sem vitórias no Brasileirão. É o maior jejum entre todos os participantes do campeonato.

A superioridade do Corinthians foi escancarada nos números: 61% a 39% em posse de bola, 16 a 6 em finalizações.

Partida impecável do zagueiro Gil. Acertou todos seus passes e ainda teve nove desarmes, índice altíssimo.


O GOIÁS só não perdeu para o Corinthians porque tem Renan. Foi mais uma atuação extremamente deficiente do time esmeraldino, dominado durante quase todo o jogo, mesmo atuando em casa. A equipe goiana, nenhuma novidade, se mostrou burocrática na frente - e ainda permitiu ao oponente circular com a bola nos pés pela intermediária ofensiva. Nesta segunda-feira, Paulo Roberto Falcão deve ser anunciado como novo treinador do Goiás, e é difícil imaginar que ele possa solucionar as flagrantes deficiências do elenco. Primeiro, pela limitação do time; segundo, pelas limitações que o próprio treinador já apresentou em trabalhos anteriores, com ápices de ótimo desempenho (vide os títulos estaduais com Inter e Bahia), mas médias ruins. Apesar de ter sido um gênio como jogador e de ser grande conhecedor de futebol, Falcão, aos 61 anos, é uma aposta como técnico - por mais contraditório que isso soe. O Goiás escolhê-lo como salvação e ele escolher o Goiás para alavancar sua carreira de treinador soa como solução mágica para os dois lados. O futuro mostrará se valeu a pena. Se o Goiás não for rebaixado, terá valido.


Tremenda injustiça o CORINTHIANS não ter vencido o Goiás. Talvez tenha sido a partida em que ele mais foi superior a seu adversário neste Campeonato Brasileiro - comandado por Elias, que fez partidaça no Serra Dourada, eficiente na marcação e ativo nas saídas ao ataque, e por Renato Augusto. A forma de o Timão avançar em conjunto ao ataque, com as peças distribuídas matematicamente, mostra o estilo Tite de trabalhar. Se faltou alguma coisa, foi maior capacidade de transformar o domínio em pressão. Embora Renan, goleiro do Goiás, tenha sido o melhor em campo, o Corinthians poderia ter assustado mais. De qualquer forma, a equipe paulista parece viver momento de solidez no campeonato, com duas vitórias e um empate nas últimas três rodadas, plantando uma regularidade que pode ser colhida logo, logo.



O jogo em 140 caracteres
Há três jogos sem ser vazado, o Palmeiras mantém a melhor defesa do Campeonato, ao lado do Corinthians: oito gols sofridos.

Já a Ponte Preta, dos 12 primeiros colocados, é quem mais foi vazada na competição: 14 vezes.

O jogo teve renda de R$ 800.370,00, para público total de 11.074 pessoas. Detalhe: a Ponte vendeu o mando por R$ 1 milhão.


Vender mando de campo tem seu preço - e ele não é pago apenas em dinheiro. Também é pago na tabela. Ao negociar a partida contra o Palmeiras e fazer com que ela passasse de Campinas para Cuiabá, a PONTE PRETA topou deixar de ser mandante e virar visitante. Afinal, era óbvio que o Palmeiras, mais popular, teria mais torcida na Arena Pantanal. De quebra, a Macaca perdeu o conforto de atuar em um gramado que ela conhece como ninguém, com espaços físicos que servem de referência para os atletas em campo. Em suma, trocou pontos por grana. A equipe, de sensação do campeonato, já virou décima colocada - seu sonho, pelo visto, foi efêmero. A derrota para o Verdão foi merecida. A Ponte sentiu a falta do pé calibrado de sua referência técnica, Renato Cajá - tanto que alçou 11 bolas na área e não conseguiu nenhum cabeceio -, e também de Fernando Bob.


Olha o PALMEIRAS aí. A força alviverde, tão esperada, finalmente se faz presente no Brasileirão. Marcelo Oliveira, o técnico bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, começa a dar jeito na equipe. São três vitórias seguidas, com excelente rendimento de ponta a ponta: oito gols marcados e nenhum sofrido. Diante da Ponte, a equipe mostrou características típicas da passagem de sucesso do treinador por Belo Horizonte: capacidade de otimizar jogadas, triangulações, envolvimento ofensivo com base em velocidade. Destaque para a sintonia entre Rafael Marques e Dudu, com o primeiro dando duas assistência para dois gols do segundo. Cinco pontos separam o Palmeiras da trinca de líderes, e ele pode chegar lá também.



O jogo em 140 caracteres
O Figueirense tem mais vitórias do que o Flamengo em duelos entre eles no Rio pelo Brasileirão: quatro a três, com dois empates.

O Fla não está sabendo usar o Maracanã. Foi sua terceira derrota em cinco jogos no estádio no Brasileiro - além de uma vitória e um empate.

Emerson Sheik não foi bem, e Cirino, apesar de mandar uma bola na trave, chegou a ser vaiado. Guerrero pode estrear quarta, contra o Inter.


A vitória sobre o Joinville, semana passada, parecia um sopro de esperança para o FLAMENGO. Só parecia. Bastou enfrentar alguém minimamente superior ao pior time do campeonato para o Rubro-Negro voltar a fracassar. A derrota de 2 a 1 para o Joinville, em casa, é um golpe duro para uma equipe que tentava deixar as vizinhanças do rebaixamento - são três fracassos nas últimas quatro rodadas. O primeiro tempo até foi bom, com os cariocas bastante superiores. O prêmio, porém, veio só na etapa final, com belo gol de Alan Patrick. E aí tudo ruiu. Ao levar o gol de empate, o Flamengo se desestruturou - algo típico seu, típico de times instáveis. E aí sofreu a virada no último minuto. Uma perguntinha: por que o treinador do Flamengo fez apenas duas substituições, sendo que a segunda só aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo?


Pelas circunstâncias, por estar fora de casa, por sair perdendo, por buscar um gol no último minuto, o FIGUEIRENSE alcançou neste domingo seu resultado mais expressivo no campeonato. A vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo foi a segunda consecutiva do time catarinense no Brasileiro - e valeu ouro, por ser contra um atual concorrente da luta contra a queda. O triunfo teve a cara do técnico Argel Fucks: muita força na marcação e objetividade na saída ao ataque, acrescida de um conceito básico - jamais desistir. O Figueira teve a bola por apenas 17 minutos (33% de posse), o menor índice da rodada, mas soube o que fazer com ela - tanto que arriscou nove finalizações. São características de uma equipe organizada. Agora, o segredo é aproveitar o bom momento e passar pelo Joinville, lanterna do campeonato, para se afastar ainda mais da área de queda.



O jogo em 140 caracteres
O Atlético-MG tem, com sobras, o melhor ataque do Brasileiro: 24 gols, seguido pelo Sport, com 20.

Fazia 29 anos, ou 20 jogos, que o Galo não batia o Inter em Porto Alegre pelo Brasileirão - desde 1986 (2 a 0).

A única boa notícia para os colorados é que a derrota para o Atlético-MG impediu o Grêmio de ser líder do Brasileirão.


Em 2006 e 2010, quando ganhou suas duas Libertadores, o INTER aproveitou a parada das competições para ajeitar seu time, corrigir o que estava errado e até trocar de treinador - no segundo caso. Em 2015, novamente nas semifinais da competição continental, parece acontecer o contrário. O time colorado desanda. Em vez de aproveitar o Brasileirão, é prejudicado por ele. A derrota de 3 a 1 para o Atlético-MG, com futebol inoperante coletivamente, descontrole (expulsão de Anderson) e individualidades nulas (nem D'Alessandro jogou coisa alguma), é apenas mais um passo de uma campanha que virou fiasco para um dos (eternos teóricos) favoritos ao título. Diego Aguirre, que faz bom trabalho, precisa ser cobrado por melhor desempenho no Brasileiro - e precisa cobrar seu elenco no mesmo sentido. Era compreensível que o Inter sacrificasse o campeonato nacional por causa do continental. O que não pode é ser sacrificado por ele. Com essa bolinha aí, os gaúchos correm enorme risco de não passar pelo Tigres na Libertadores. Precisa melhorar.


A grande meta do ATLÉTICO-MG no ano era o bicampeonato da Libertadores. Não foi possível, e o time mostrou neste domingo, precisamente contra seu algoz no torneio continental, toda a força que terá no Campeonato Brasileiro. Lá nas oitavas de final da Libertadores, mesmo caindo para o Inter, o Galo já escancarava sua qualidade - tanto que recebeu incentivo imediato da torcida após a eliminação. O resultado está aí: grande atuação no Beira-Rio e liderança na competição que não conquista desde 1971. A cada rodada (são quatro vitórias seguidas), a equipe de Levir Culpi mostra mais força - e os dois gols marcados por Maicosuel, habitual reserva na temporada, comprovam isso. Dos três líderes do Brasileirão, o Atlético é quem parece mais pronto - especialmente por causa de seu ataque, veloz e envolvente ao mesmo tempo. É o favorito do momento ao título.

613 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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