9/7/2015 15:21
Cristóvão muda estratégia com Guerrero, mas Flamengo segue com dúvidas
A descabida pressão por resultados no Flamengo fez Cristóvão Borges mudar estratégia e filosofia: sai o passe, entra o contra-ataque. Sai o domínio, entra a reação. Para enfrentar o Inter de Aguirre, que aposta na intensa movimentação do quarteto de frente no 4-2-3-1, o técnico flamenguista optou por Cáceres e Jonas junto a Canteros, num 4-3-3.
“Precisávamos jogar compactados para tirar a movimentação deles” - a frase de Cristóvão mostra o que foi o Fla: compacto, marcando para atacar nas roubadas de bola. Como o frame abaixo mostra, o 4-3-3 virava 4-1-4-1 e fechava os espaços do Inter, que preferencialmente procurava Valdivia pelo lado esquerdo.
“Guerrero na frente. Quando ele prende a bola, nossa equipe chegava, função dele no jogo” - o gol chegou em jogada de velocidade, com Sheik e Guerrero indefinido a marcação do adversário. O Fla seguia melhor: marcando e atacando assim, com homens próximos, reagindo ao Inter. Sim, reação, pois Cristovão abdicou do domínio da posse de bola e dos passes - como ele gosta, como é sua filosofia - pelo resultado.
Até por reagir tanto, o Fla iniciava mal suas jogadas, abdicando da bola no chão e recorrendo ao chutão - maior problema do time de Luxa que Cristóvão não resolveu. Será que o problema era o técnico? Ou era a falta de aproximação dos jogadores nessa saída, o que deixava laterais sozinhos no 2x1 e bumba-meu-boi como única opção? A culpa não é do Jorge. É do time.
O Inter atacava e movimentava os meias, o Fla marcava e acionava Guerrero no pivô. Quanto tinha a posse, Canteros e Cáceres pouco povoavam o ataque - outro problema do time de Luxa não solucionado. O Colorado errava MUITO, mas o Fla seguia desorganizado na marcação. Motivo? A referência era individual. Ou seja: cada jogador “caça” o seu, ficando vulnerável aos movimentos do oponente. Veja no lance: linha de defesa desmontada, posições deixadas - o famoso “correndo errado”.
“É uma oportunidade para a gente dar uma sequência de vitórias, que é o que precisamos” - a frase resume o que é o Fla de Cristóvão: um técnico cheia de boas intenções, de conceitos modernos, mas precisando deixá-los para salvar o emprego e conseguir os tão famosos resultados. Com pouco tempo de treino (apenas 3 táticos por semana, jogo de quarta a domingo), DM ainda preenchido, elenco carente e pressão, nem Guardiola conseguiria fazer o Fla jogar bem.
Quando se pede paciência, manutenção do técnico, planejamento é isso - saber perder para vencer muito depois. Será que o Flamengo de gestão financeira exemplar - e sua torcida - estão preparados?
1199 visitas - Fonte: Globoesporte
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