Cristiane comemora gol pela seleção brasileira no Pan (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Cristiane chegou "mordida" da Copa do Mundo feminina. Viu a seleção cair logo no começo do mata-mata para a Austrália e deixou a competição no Canadá sem marcar um gol sequer. AS cobranças a deixaram chateada, mas a camisa 11 do Brasil rapidamente voltou a sorrir. Reencontrou o Pan, "velho amigo" desde 2003, quando conquistou sua primeira medalha de ouro e brilhou. Torcedora do Corinthians e fã de Guerrero, hoje no Flamengo, a atacante "acabou com o caô", marcou sete gols em quatro jogos e tornou-se a grande esperança para o Brasil busca o tricampeonato da competição neste sábado, dia 25, diante da Colômbia, às 19h35 (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV.
- Eu passei em branco na Copa do Mundo e isso é ruim para um atacante que vive disso. Eu me cobro muito, mas tive o aval da comissão técnica. Eles sabiam da minha importância. Os gols saíram aqui e me deram tranquilidade. Os gols estão "sobrando" aqui. Estou indo para cima, finalizando, isso tem me ajudado muito. Estou desencantando, acabou o caô (risos). Sei que tenho críticos, por não ter feito gol no Mundial e ter feito no Pan. Alguns dizem que aqui é mais fácil, mas não é. Tem posicionamento, tempo de bola, tudo isso. Não interessa se acham que é fácil ou não. Fiz os gols, ajudei, tenho duas medalhas de ouro no Pan, estamos em mais uma final e vamos para o tricampeonato - disse Cristiane, de 30 anos.
Com ausência de Marta, Cristiane é principal aposta de gols do Brasil no ataque (Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
Os Jogos Pan-Americanos são tratados com carinho pela atacante. Apesar do ouro em 2003, em Santo Domingo, e da prata nas Olimpíadas de Atenas, na Grécia, sua geração estourou na mídia e ganhou espaço no Brasil no Pan do Rio, em 2007, quando foram bicampeãs do torneio. Por isso, Cristiane admite que jogar em Toronto lhe dá mais motivação ainda.
- Em 2003 ganhamos com um gol de ouro, contra o Canadá, depois pegamos a prata na Olimpíadas da Grécia, mas o Pan do Rio, em 2007, foi o boom. Foi perto da torcida, todos os conheceram, ganhamos o ouro. Então foi um campeonato que nos ajudou, que sempre nos dá motivação. Uma empolgada. E não deixa de ser importante - explica a jogadora, que marcou também na semifinal contra o México, na vitória por 4 a 2.
GUERRERO É INSPIRAÇÃO
Cristiane já defendeu as cores do Timão no futebol feminino (Foto: Globoesporte.com)
Dona da área no ataque brasileiro, Cristiane se inspira em Guerrero, atacante que até pouco tempo estava em seu clube de coração, o Corinthians. O posicionamento e o faro de gol do peruano são elogiados pela camisa 11, apesar dele ter ido para o Flamengo. Para Cristiane, Guerrero hoje é disparado o melhor atacante em atividade no futebol brasileiro.
- Eu gostava (risos), mentira, ainda gosto do Guerrero. Mas quando estava no Corinthians acompanhava mais (risos). Sou corintiana, e fiquei muito chateada com a saída dele. Mas ele tem que procurar o que é melhor para ele, entendo. Hoje, para mim, é o melhor atacante do Brasil disparado. Isso não tenho dúvida. Está muito bem agora no Flamengo. Chegou, marcou os gols e virou referência no Brasil sem ser brasileiro. Veio de fora e tem feito bonito no nosso país - diz Cristiane.
VADÃO PREGA RESPEITO AO RIVAL
Comandante da seleção brasileira, o técnico Vadão não espera moleza contra a Colômbia. A seleção bateu o Canadá nas semifinais e chega empolgada para a decisão. No ano passado, no Sul-Americano, a seleção brasileira venceu as rivais e agora as colombianas querem o troco. Para o treinador, a Colômbia evoluiu muito do ano passado para agora.
- A Colômbia, nós fizemos a final do Sul-Americano no ano passado. Daquela final para o Mundial, eles evoluíram muito, assim como nós evoluímos. Será um páreo duríssimo para o jogo final - disse o técnico Vadão.
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