O sucesso de Ederson no Flamengo dependerá da sua capacidade de driblar um punhado de circunstâncias: a readaptação ao futebol brasileiro, depois de quase uma década na Europa, a ambientação ao Rio de Janeiro, com a sua vida mundana, ao clube, dadas as muitas cobranças da torcida, a faixa de campo que ocupará no campo, tantas as mudanças que os técnicos fazem a cada jogo, e a função que terá efetivamente para cumprir, que se espera, seja prioritariamente ofensiva, e mais, com liberdade para a criação.
Parece, no entanto, que de todas terá sobretudo que superar a expectativa criada pela sua contratação, pois chega com a responsabilidade de ser o camisa 10, que em tempos recentes vestiu Carlos Eduardo, que alimentou mil esperanças, e deixou a Gávea deixando o sentimento de frustração que a galera ainda não esqueceu.
É importante ressaltar que Ederson chega sob desconfiança, pelo histórico de contusões, e por jamais ter defendido um clube de massa - sua passagem pelo Inter-RS foi absolutamente efêmera. Quem já teve a oportunidade de vê-lo jogar com atenção sabe que tem bola para ser feliz no Flamengo, mas como dito, tudo ficará condicionado ao seu comportamento diante das adversidades que pelo menos por enquanto se apresentam.
Seu triunfo também dependerá de um mínimo de paciência da torcida, que no âmago da sua paixão, acredita que o camisa 10 é obrigado a ser um novo Zico. Não existirá um novo Zico. Mas se Ederson jogar dois terços de Petkovc já terá justificado a sua presença na Gávea.
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