O fim de ano do Flamengo já promete se agitado por conta da eleição. Mas outros fatores podem tornar os últimos meses de 2015 especialmente complicados. Em um cenário de crise no mercado brasileiro, o clube terá os seus principais contratos de patrocínio - exceção da Adidas - encerrados no fim do ano. A previsão é de dificuldade até para fazer o orçamento de 2016, que esta gestão costuma concluir no início de dezembro. A principal preocupação é com o patrocinador master, a Caixa Econômica Federal. Com o governo promovendo cortes de gastos, a tendência é que a estatal reveja patrocínios no futebol, uma discussão que só deverá começar a partir de outubro, quando se discute orçamento na empresa.

O vice-presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, explica que o clube tem de buscar um plano B para a Caixa, mas, diante do cenário atual, é possível que um novo patrocínio não chegue aos valores atuais - cerca de R$ 28 milhões por temporada. Os contratos com a Jeep e Guaravita também se encerrarão no fim de 2015 e a preocupação é grande.

- O contrato Caixa termina no fim do ano. A Caixa não senta para negociar antes de discutir o seu orçamento para o ano seguinte. Agora, com o Levy (Joaquim Levy, ministro da Fazenda) lá, não acho que as coisas serão fáceis. O cara está tendo de cortar de tudo que é lugar. Estamos tentando trabalhar um plano B, mas será que um plano B será do mesmo valor? A Caixa já não teve atualização desde o primeiro ano, as duas negociações que fizemos com ela não teve correção, isso significa que perdemos 20% do valor do contrato original. Inclusive vejo uma dificuldade de fazer o orçamento do ano que vem porque todos os nossos patrocínios se encerram no final do ano, Jeep, Caixa, Guaravita... - disse Tostes ao blog.