Que saudade que a torcida devia estar de um camisa 10 em campo. Impressionante como o time muda de postura quando se tem alguma cabeça mais criativa, e sem o medo da pressão vinda das arquibancadas, que consegue organizar as jogadas com uma visão mais horizontal e impetuosa. O time responde melhor, as jogadas acontecem e a confiança renasce a cada toque na bola. Imagina quando Ederson estiver totalmente em forma, com Guerrero e cia. Porém, esse foi o Flamengo do primeiro tempo do jogo contra o Atlético-PR.
Coincidência ou não, com a saída de Ederson, o time se desestabilizou, e começou a ver o adversário mais próximo da área do goleiro Cesar, panorama que a torcida conhece muito bem e não gosta muito de recordar. Uma coisa é certa: Cristovão Borges não precisa apenas trabalhar mais a equipe, como tem de preparar ainda mais o lado psicológico dos jogadores. Em certos momentos, parece que os jogadores têm medo da vantagem no placar e ficam afobados com a proximidade do fim do jogo.
Por mais uma vez o Flamengo que entra em campo no primeiro tempo, não consegue manter o ritmo na etapa final da partida. Isso precisa mudar o quanto antes para que consiga sair desta situação de constante oscilação no Campeonato Brasileiro. Se na primeira etapa o Rubro-Negro alegrou o torcedor, mesmo com um gol sofrido, nos 45 minutos finais, alguns lances à lá Os Trapalhões foram protagonizados, irritando os torcedores.
O único que aparentemente conseguiu deixar de lado a pressão e a desconfiança, e vem sendo empurrado pela torcida é Pará, que foi aplaudido mesmo após cometer uma falta e levar cartão amarelo. Na medida do possível, foi um dos melhores em campo. Mas o importante é que a vitória, mesmo que sofrida veio. Agora só é preciso mais confiança para o Flamengo!
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