Torcida do Flamengo fez ola antes e durante a partida em Natal (Foto: Gilvan de Souza/ Fla Imagem)


O clima na Arena das Dunas era de final na quarta-feira. Muita movimentação do lado de fora, seja dos apressados que buscavam entrar o quanto antes ou daqueles que deixavam para juntar-se à massa na arquibancada em cima da hora, somente após o último gole. Fogos de artifício, sinalizadores e palpites ousados. Antes de a bola rolar, e o Flamengo vencer por 3 a 0 o Avaí, dava para sentir que a torcida não ficaria quieta. E não ficou. Até pequenas "colinhas" com letras de músicas foram distribuídas do lado de fora.

Os portões foram abertos pouco depois das 19h, e os torcedores foram logo procurando seus lugares. O locutor do estádio teve participação decisiva para a empolgação. No telão, era exibida uma contagem de público, atualizada em tempo real. A cada marca expressiva alcançada, uma nova convocação para gritar, cantar o hino e acender celulares. Os barulhentos espectadores eram obedientes e dançavam conforme seu "mestre" mandava.

Torcedor exibe "colinha" para que rubro-negros cantassem novas músicas (Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com)


Oswaldo de Oliveira ficou impressionado com o que viu e disse ter vivido uma noite de Maracanã. Elogiou o comportamento dos potiguares e a estrutura do estádio.

- Ficou muito próximo disso (do clima de Maracanã), porque a torcida era totalmente rubro-negra e participou o tempo todo. Me senti no Maracanã. Não é porque ganhou, é porque é um estádio lindo, uma cidade muito aprazível. Sempre me senti bem aqui. Tem o carinho da torcida e uma coisa de hospitalidade que é muito especial. Outra coisa é a qualidade do gramado. É indubitável que uma boa equipe vai jogar muito bem nesse campo. Ontem (terça) viemos treinar aqui e fiquei muito surpreso positivamente com o que vi - exaltou.

Os gols foram saindo, e velhos hábitos sendo retomados. Ola, gritos de "olé" e o resgate de gritos tradicionais como o "Oh, meu Mengão, eu gosto de você".