Flamengo venceu o Fluminense e está com 100% no returno (foto:Wagner Meier/LANCE!Press)

Em pelo menos quatro ocasiões o Flamengo conseguiu ressuscitar no Brasileiro. Em três delas, foi campeão. Em 1987, fez um péssimo primeiro turno. No segundo, porém, ganhou 10 dos 14 pontos possíveis, garantindo vaga entre os quatro finalistas. Derrotou o Atlético-MG duas vezes nas semifinais, 1 a 0 no Rio e 3 a 2 em Belo Horizonte, esta diante de quase 85 mil torcedores. Renato Gaúcho, então desafeto de Telê Santana, técnico do Galo, enfiou o terceiro gol, numa arrancada espetacular. Na decisão, que valeu o tetra, o Flamengo superou o Internacional, 1 a 1 em Porto Alegre e 1 a 0 no Maracanã.

Em 1992, apenas oito clubes garantiam vagas na fase final. Quando perdeu por 2 a 1 para o Sport, no Maracanã, houve quem afirmasse que o Rubro-Negro não tinha mais chance alguma de brigar por um lugar ao sol. Engano. O time fez sete pontos em oito possíveis, depois superou Santos, São Paulo e Vasco num dos quadrangulares das semifinais, e atropelou o Botafogo na decisão, 3 a 0 no primeiro jogo – poderia ter sido seis – e 2 a 2 no segundo. Júnior, com 38 anos, comandou o clube da Gávea rumo ao penta.

Em 2007, depois de viver altos e baixos ao longo do Brasileiro, o Flamengo obteve seis triunfos em oito jogos, os dois últimos com mais de 80 presentes no Maracanã, 1 a 0 sobre o Santos e 2 a 0 sobre o Atlético-PR, e alcançou vaga na Copa Libertadores de 2008.

E no entanto, a arrancada mais inacreditável foi a de 2009, que começou com as voltas de Petkovic e Adriano, que ajudaram o Rubro-Negro a comer o espinafre do Popeye – um de seus símbolos – para se transformar, a exemplo do personagem, de sujeito fraco e humilhado, em forte e poderoso, saindo da luta contra o rebaixamento para conquistar o título, com um punhado de triunfos tidos como impossíveis, fechando com o 2 a 1 sobre o Grêmio, que valeu o hexa.