Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil virou centro das atenções do mundo inteiro. Prova disso é que, neste sábado, o New York Times, principal jornal dos Estados Unidos, publicou uma extensa reportagem sobre o futebol brasileiro.

No longo texto, produzido para apresentar para os americanos o que de melhor - e pior - tem por aqui, a reportagem ressalta a atmosfera da torcida nos estádios, fala sobre o calendário nacional e ainda cita uma "máquina de samba", ao referir-se à torcida do Flamengo.

O New York Times diz que, de tão apaixonado pela modalidade, o povo brasileiro fala a língua do futebol fluentemente, enquanto os outros têm apenas um 'sotaque'. As torcidas de Flamengo e Fluminense, aliás, tiveram suas reações detalhadas ao longo de um clássico, no ano passado. Quando saiu um gol do Flu, os rubro-negros silenciaram por dez segundos apenas, segundo o texto.

"Dizer aos torcedores que parem de cantar porque o outro time fez um gol é como falar ao DJ para parar de tocar a música porque alguém dançou mal", explica o relato, elogiando a maneira de torcer, incentivando as equipes ao longo de toda a partida.

Se o calor da torcida é exaltado, a reportagem expõe também alguns dos problemas do futebol nacional e até mesmo do país. A violência entre torcidas organizadas é citada, assim como o fechamento do Engenhão por problemas estruturais, os cantos agressivos e "por vezes homofóbicos" dos torcedores, e até mesmo o caso de estupro de uma turista americana, no Rio de Janeiro, no mês passado.

O guia preparado para os turistas recomenda os torcedores a irem a um clássico e, neste tipo de jogo, redobrar a atenção nos arredores, devido ao aumento da probabilidade de confusões entre organizadas. Existe até a dica para 'procurar no Google a cor das equipes e evitar usar roupas nestas cores no jogo".
Um glossário também ensina alguns dos termos 'futebolísticos' e suas devidas pronúncias: futebol, arquibancada, torcida organizada, clássico e até o modo de se comprar ingresso para um jogo: "Uma inteira, por favor".