Torcida do Fla vai lotar o Mané Garrincha Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

Sensação do segundo turno do Brasileiro, com seis vitórias em seis jogos, o Flamengo virou um produto mais caro para quem quiser exibi-lo em suas arenas. A diretoria quer aproveitar o bom momento para encher o cofre com a empolgação da torcida em todo o país. O recorde de público na partida contra o Coritiba hoje, às 21h, no Mané Garrincha, animou o clube para alavancar as bilheterias longe do Rio e também nos jogos no Maracanã.

Como vendeu a partida de logo mais para um produtor há um mês, antes da boa fase, o clube vai faturar menos que o esperado — R$ 1 milhão, mais parte da renda, mesmo com um público de 67 mil pagantes. O diretor-geral Fred Luz revela que ainda não há mais jogos marcados para os estádios pelo Brasil e que o desempenho da equipe, e suas pretensões no campeonato, serão determinantes.

— Nessa faixa em que o Flamengo conseguiu chegar, o ativo ganha muito valor. O conteúdo do jogo ganha interesse especial — destacou o executivo. Luz disse que a direção vai avaliar se vale a pena sair do Rio outra vez:

— Isso é dinâmico. Como teve uma melhora, os jogos no Rio passam a ser mais rentáveis do que a expectativa inicial. Depende do desempenho do time. Tem que tomar essas decisões com um mês de antecedência. E a dinâmica de resultado muda com uma semana, dez dias.

A única certeza é que o Flamengo vai cobrar mais caro caso decida sair do Maracanã nas próximas rodadas.

— Isso é uma certeza. É só ver esse jogo em Brasília.O Flamengo está mais caro. O produto melhorou muito, de desempenho e atração.

O clube, que tem contrato com o Maracanã que prevê aumento do lucro de acordo com o público, também espera alavancar as bilheterias junto a torcida carioca.

— O Maracanã tem custos maiores que os custos de jogar fora do Rio. Você deixa de vender 25 mil lugares (com gratuidades e espaços entre torcidas visitantes). Se não tivéssemos vendido o jogo em Brasília ganharíamos mais, mesmo assim, é mais do que o Flamengo levaria no Maracanã — explicou o diretor-geral rubro-negro.